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O objetivo por trás das manobras de Pequim no mar da China Oriental

Em 18 de julho, a China iniciou manobras no mar da China Oriental. Um dia antes, o ministério da Defesa de Taiwan informou ter incorporado 15 helicópteros americanos Apache AH-64E. Especialistas comentaram essas medidas em entrevista à Sputnik China

O objetivo por trás das manobras de Pequim no mar da China Oriental (Foto: © REUTERS / China Daily)
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Sputnik Brasil - Em 18 de julho, a China iniciou manobras no mar da China Oriental. Um dia antes, o ministério da Defesa de Taiwan informou ter incorporado 15 helicópteros americanos Apache AH-64E. Especialistas comentaram essas medidas em entrevista à Sputnik China.

Para o analista militar Vladimri Evseev, as manobras chinesas têm por objetivo demonstrar o potencial crescente de Pequim no mar, sublinhando que a Marinha chinesa teve exercícios de fogos reais que nem sempre estão previstos nas manobras.

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Com os exercícios Pequim quer dar um sinal a Washington que chegou a hora de negociar problemas que são de interesse para a China e que os quer abordar apenas à mesa de negociações, opinou Evseev. Outro detalhe para o qual o analista chamou a atenção é o fato de as manobras decorrerem logo após a cúpula entre os presidentes russo e americano, Donald Trump e Vladimir Putin, em Helsinque.

"Após o encontro com Vladimir Putin, a China, aparentemente, acha que seria bom realizar um encontro semelhante para discutir os problemas no Círculo de Pacífico, mais precisamente, no Indo-Pacífico", afirmou o analista.

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Aos especialistas também não passou despercebido tal detalhe que a região das manobras chinesas é semelhante, no que diz respeito ao tamanho, à ilha de Taiwan. Neste contexto, o jornal The Global Times citou o analista militar Song Zhongping, que acredita que os exercícios chineses são "uma advertência às forças separatistas de Taiwan".

Analista Chen Xiaoxiao, do Centro de Pesquisas de Taiwan da Universidade de Xiamen, partilha essa opinião, apontando para as atividades crescentes dos EUA em relação à ilha, que provocam a China.

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"Isso é mesmo assim. Ultimamente, os Estados Unidos têm aumentado suas atividades ligadas a Taiwan. Até surgiu a afirmação sensacionalista que os fuzileiros navais americanos vão possivelmente proteger o prédio do Instituto Americano em Taiwan (American Institute in Taiwan) [de fato, a representação dos EUA no território taiwanês]. Já em 7 de julho, dois destróieres estadunidenses passaram através do estreito de Taiwan", lembrou Xiaoxiao.

Tais ações naturalmente complicam as relações sino-americanos, criando problemas para a segurança nacional da China, acredita o analista, além das tensões econômicas já existentes.

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Os Estados Unidos estão "jogando a carta de Taiwan", avança o especialista chinês, o que corresponde à estratégia para a "independência de Taiwan" da atual administração da ilha. e tem políticos interessados neste jogo.

"Na verdade, querem que os Estados Unidos interfiram tanto nos assuntos da China continental como de Taiwan, enquanto eles mesmos ficariam de lado, aguardando suas vantagens. As autoridades da ilha têm escolhido, nas relações com o continente, um caminho de confrontação e não de cooperação, tentando incitar os EUA a apoiarem a 'independência de Taiwan'", opinou Xiaoxiao em entrevista escrita para a Sputnik China.

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Neste contexto, ressaltou o especialista, "os exercícios no mar da China Oriental [...] são apenas um prelúdio".

"No futuro, a China irá tomar medidas restritivas ainda mais rigorosas em relação às forças que se manifestam pela 'independência de Taiwan'", concluiu.

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Ao mesmo tempo, vários analistas apontaram para o tom relativamente suave do presidente Xi Jinping durante seu encontro com Lien Chan, ex-líder do partido Kuomintang. Xi afirmou inclusive que Pequim tem determinação e capacidade para trabalhar no desenvolvimento de laços entre o continente e a ilha e promover o processo de regulação pacífica.

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