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Mundo

O que Aloysio Nunes foi discutir com o "chefe"?

Reportagem da Agência Sputinik especula o que Aloysio Nunes, chanceler do governo de Michel Temer, foi discutir com o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson: se formas de derrubar o governo venezuelano ou de conter o crescimento chinês na América Latina; desde o golpe parlamentar de 2016, o Brasil abriu mão de uma política externa altiva e independente e passou a orbitar em torno dos Estados Unidos

Aloysio Nunes e Rex Tillerson (Foto: Leonardo Attuch)
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Da Agência Sputinik

Pela segunda vez, um chanceler brasileiro esteve reunido com o secretário de Estado dos Estados Unidos Rex Tillerson. Antes do encontro entre Tillerson e Aloysio Nunes Ferreira nesta sexta-feira (2), o ex-chanceler José Serra também teve uma reunião com o diplomata estadunidense. Mas, qual o significado do último encontro?

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Como os políticos não concederam uma entrevista coletiva e os órgãos governamentais divulgaram apenas notas protocolares sobre o evento, não há muita clareza sobre as pautas discutidas. Os pontos destacados pelo Itamaraty e pelo Departamento de Estado dos EUA citam agenda bilateral e economia. A delicada situação da Venezuela — que enfrenta uma série de protestos que já deixaram dezenas de mortos — também foi discutida, segundo a nota do Departamento de Estado. A nota do Itamaraty, entretanto, não aborda a situação de Caracas.

Logo após a foto oficial, Tillerson respondeu uma pergunta fora dos microfones e afirmou que os Estados Unidos irão diminuir suas emissões de gases do efeito estufa mesmo não fazendo mais parte do Acordo de Paris. Não houve mais contato com a imprensa.

O ministro das Relações Exteriores brasileiro já estava na capital estadunidense para participar da reunião extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) marcada para discutir a crise venezuelana. Apesar do encontro, não houve consenso e o grupo não conseguiu sequer emitir uma nota. Há uma outra reunião da OEA agendada para o dia 19 de junho, no México.

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Comércio exterior

Para a professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) Juliana Inhasz, o objetivo do encontro entre Tillerson e Ferreira está mais ligado à economia. A professora afirma que os EUA estão buscando barrar o crescimento chinês na região.

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"A China tomou uma participação muito grande entre os parceiros comerciais brasileiros, é óbvio que ainda temos os Estados Unidos como um importante parceiro comercial para nossas exportações, mas a China aumentou demais sua participação nos últimos anos."

Inhasz afirma que o Brasil é um país estratégico para barrar o crescimento chinês na América Latina pelo seu tamanho e economia.

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Estados Unidos e China disputam de maneira muito parelha quem vende mais para o Brasil. Em 2016, Washington levou a melhor e vendeu para o mercado brasileiro um total de R$ 23,8 bilhões, enquanto Pequim atingiu a cifra de R$ 23,36 bilhões. Quando o assunto são as exportações brasileiras, todavia, o quadro muda de figura: a China está isolada na liderança como o maior destino dos produtos brasileiras. Em 2016, o Brasil exportou US$ 35,13 bilhões para a China, 19% de todo o volume de exportações. Já os Estados Unidos ficou com R$ 23,15 bilhões em exportações brasileiras.

A professora da FECAP Juliana Inhasz destaca que ainda não está claro quais os termos do encontro entre Tillerson e Ferreira, mas as commodities brasileiras são os produtos que mais podem ganhar, no curto prazo.

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