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Mundo

Obama dá 'fora' na Globo: Brasil não é potência regional, é mundial

Presidente americano Barack Obama rebate repórter da Globo, em pergunta a presidente Dilma: "Bom, eu na verdade vou responder em parte a questão que você acabou de fazer para a presidente [Dilma]. Nós vemos o Brasil não como uma potência regional, mas como uma potência global"; "A imprensa brasileira, cada vez um retrato mais caricato de nossas elites, é um prato cheio para o complexo de vira-latas do Brasil", diz o Tijolaço

Washington - EUA, 30/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante Declaração à imprensa com o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Roberta Namour)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço

O complexo de vira-latas do Brasil, hoje, latiu mais alto.

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Perguntada pela repórter da Globo, diante de Barack Obama, sobre como conciliar a posição do Brasil, que se via como potência mundial, e que era visto pelos EUA como potência regional, Dilma Rousseff nem pôde começar a falar.

Um decidido Obma tomou a palavra para dizer à repórter que “não senhora, nós vemos o Brasil como potência mundial”.

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“Bom, eu na verdade vou responder em parte a questão que você acabou de fazer para a presidente [Dilma]. Nós vemos o Brasil não como uma potência regional, mas como uma potência global. Se você pensar (…) no G-20, o Brasil é um voz importante ali. As negociações que vão acontecer em Paris, sobre as mudanças climáticas, só podem ter sucesso com o Brasil como líder-chave. Os anúncios feitos hoje sobre energia renovável são indicativos da liderança do Brasil”

E fez um longo histórico do papel decisivo que o Brasil desempenha: “o Brasil é um parceiro indispensável” e uma série de considerações sobre o papel de nosso país, que você pode ver no vídeo abaixo, em espanhol.

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O importante – e triste – é ver que a mentalidade dominante nos meios de comunicação – e em todo o pensamento conservador – é que ao nosso país está destinado um papel de vassalagem, em troca de ser um “gerente regional” destinado, no máximo, a manter sob controle os “índios” sul-americanos.

E interpretar como algo danoso a expansão de nossas relações com a África, com a Ásia e, especificamente, com a China como uma “traquinagem” que desagradaria os EUA e faria perdermos seus “favores”.

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É exatamente o contrário – e a mente destas pessoas não alcança isso.

O Brasil será tanto mais respeitado, considerado e terá relações mais produtivas com os Estados Unidos quanto mais se afirmar como um parceiro mundial pelas nossas próprias pernas.

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Um Brasil que interessa como parceiro à China, aos países africanos, à própria Europa interessa muito mais aos Estados Unidos que um capacho à espera de suas ordens.

Aliás, o capachismo aparece bem claramente quando o repórter da Folha vai perguntar a opinião de Obama sobre a “Lava Jato”. É muito sabujismo, quem sabe atrás de uma manchete do tipo “Obama exige apuração completa na Petrobras”.

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A imprensa brasileira, cada vez um retrato mais caricato de nossas elites é um prato cheio para o complexo rodrigueano com que abri este post.

E que, além daquilo, também sacode alegremente a cauda diante do dono.

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