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ONU amplia número de observadores na Síria para 300

H at poucos dias, reas no norte do pas continuavam convivendo com tanques e com disparos constantes, apesar do acordo de paz firmado com o governo de Assad

ONU amplia número de observadores na Síria para 300 (Foto: Allison Joyce/REUTERS)
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Agência Brasil – O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou neste sábado 21, por unanimidade, aumentar de 30 para 300 o número de observadores a serem enviados à Síria durante três meses, com objetivo de monitorar o cumprimento de um acordo de paz no país árabe.

Os 15 membros do órgão da ONU também voltaram a apelar pelo fim da violência na Síria, onde vigora um frágil cessar-fogo que, como a BBC comprovou, não parece ter efetividade em partes do país.

Há até poucos dias, áreas no Norte do país continuavam convivendo com tanques e com disparos constantes, cuja autoria não pôde ser verificada.

Segundo a resolução aprovada neste sábado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, terá a autoridade para decidir quando enviar o contingente adicional de monitores, com base nos desdobramentos reportados na Síria e na "consolidação do cessar-fogo". Ki-moon acusou o presidente sírio, Bashar Al Assad, de não respeitar a trégua, incluída num plano de paz aceito pela Síria.

O plano de paz, negociado pelo ex-secretário da ONU Kofi Annan, prevê a retirada das forças sírias de áreas residenciais, a libertação de prisioneiros políticos, a permissão para a realização de protestos pacíficos, um maior acesso à mídia às áreas de conflito e o início de um processo democrático de transição política. Sua efetividade ainda é duvidosa.

Também neste sábado, monitores da ONU que já estão no país puderam visitar a conflagrada cidade de Homs, bastião da oposição que tem estado sob constantes bombardeios pelas tropas sírias.

A visita ocorreu em um momento de aparente calmaria - ativistas disseram que o governo interrompeu a ofensiva contra a cidade e tirou seus tanques de circulação durante a ida dos representantes externos. Sendo assim, eles dizem esperar que os ataques sejam retomados em breve.

Apesar de, em geral, a violência ter se reduzido na Síria desde a assinatura da trégua, na quinta-feira (19), muitas violações foram denunciadas por ativistas e jornalistas em campo.

O enviado da BBC à Síria, Ian Pannell, que esteve em Idlib dias atrás, cidade do Norte do país, acompanhou rebeldes se preparando para confrontos e testemunhou tanques oficiais em ação e trocas de tiros.

Autoridades de Damasco, que estão há mais de um ano combatendo a insurgência no país, rejeitam as acusações de opressão e dizem estar enfrentando "grupos terroristas". A ONU estima que, desde seu início, no ano passado, os confrontos sírios já deixaram mais de 9 mil mortos.

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