CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

ONU critica Bolsonaro por seus ataques ao Poder Judiciário no Brasil

"O que me parece mais preocupante é que o presidente peça a seus simpatizantes que protestem contra as instituições judiciais", disse Michelle Bachelet

Michelle Bachelet e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

RFI - A ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que em 31 de agosto deixará o comando do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, criticou nesta quinta-feira (25) os ataques do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ao Poder Judiciário. "O presidente Bolsonaro intensificou os ataques ao sistema judiciário e ao sistema de votação eletrônica", declarou, ao citar uma reunião do chefe de Estado brasileiro com embaixadores em julho.

"O que me parece mais preocupante é que o presidente peça a seus simpatizantes que protestem contra as instituições judiciais", respondeu Bachelet ao ser questionada sobre a situação no Brasil, durante sua entrevista coletiva de fim de mandato.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O presidente brasileiro, que chegou ao poder em janeiro de 2019 e é candidato à reeleição, questionou diversas vezes a confiabilidade das urnas eletrônicas utilizadas no país desde 1996, mencionando "fraudes", mas sem apresentar qualquer prova.

Os ataques provocam o temor de que ele não reconhecerá o resultado da eleição presidencial de outubro em caso de derrota. Esta semana, Bolsonaro declarou que aceitará o resultado das urnas se as eleições forem "limpas e transparentes".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Bachelet destacou que um chefe de Estado deve respeitar os outros poderes, Judiciário e Legislativo. "Podemos não concordar com decisões tomadas pelos outros poderes e afirmar isto se for necessário, mas é preciso respeitá-los", insistiu.

"Não podemos fazer coisas que possam aumentar a violência ou o ódio contra as instituições democráticas, que devem ser respeitadas e reforçadas. Não devemos tentar miná-las com discursos políticos", afirmou Bachelet, explicando que dava a recomendação como alta comissária e como ex-chefe de Estado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Bachelet afirmou ainda que está "realmente preocupada" com as informações que circulam sobre o aumento da violência política, do racismo estrutural e a diminuição do espaço cívico no Brasil.

"Os ataques contra os parlamentares e os candidatos - em particular os de origem africana, as mulheres e as pessoas LGBTQIA+ - são preocupantes", ela concluiu.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

(Com informações da AFP)

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO