ONU critica cerco em Gaza por Israel e denuncia ataques a civis

247 - O secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu uma declaração nesta segunda-feira (9), criticando o cerco estabelecido por Israel sobre Gaza e alertando para os ataques contra civis, incluindo escolas e hospitais palestinos. A declaração veio após uma reunião extraordinária dos principais chefes das agências da ONU, na qual Guterres também denunciou o grupo militante Hamas e fez um apelo por negociações para pôr fim ao conflito, destaca reportagem do Uol. 

Guterres condenou os "ataques abomináveis do Hamas e de outros grupos contra cidades e vilarejos israelenses na periferia de Gaza, que deixaram mais de 800 israelenses mortos e mais de 2.500 feridos". Ele lamentou ainda o número de pessoas sequestradas durante os ataques do grupo islâmico. Contudo, o secretário-geral também criticou o Hamas pelo lançamento de "foguetes indiscriminados que atingiram o centro de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém".

O chefe da ONU fez um apelo para que os palestinos interrompam os ataques e libertem todos os reféns. No entanto, ele também denunciou a resposta israelense, destacando preocupações com a alta cifra de palestinos mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças. Guterres enfatizou que as operações militares de Israel devem respeitar o direito humanitário internacional, protegendo civis e evitando danos à infraestrutura civil.

O secretário-geral expressou profunda preocupação com a anunciada decisão de Israel de impor um cerco completo à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de eletricidade, alimentos e combustível. Ele alertou que a situação humanitária em Gaza já era terrível antes das hostilidades, e agora está se deteriorando rapidamente. Guterres enfatizou a necessidade urgente de facilitar a entrada de equipamentos médicos, alimentos e combustível em Gaza, bem como o acesso das equipes humanitárias.

Em seu apelo, Guterres instou todos os lados a permitirem o acesso das Nações Unidas para prestar assistência humanitária urgente aos civis palestinos presos e desamparados na Faixa de Gaza. Ele pediu à comunidade internacional que mobilize apoio humanitário imediato e enfatizou a importância de buscar uma solução política de longo prazo para o conflito, reforçando a necessidade de um acordo que satisfaça as aspirações nacionais de palestinos e israelenses, garantindo a segurança e criando dois estados para garantir estabilidade na região.