ONU discute denúncia de armas químicas na Síria
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vai se reunir nesta quarta-feira para um encontro urgente sobre o mais recente ataque no país, que segundo denúncias da oposição, resultou em mais de mil mortos; secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon disse estar "chocado"
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Da Agência Brasil*
Brasília – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir hoje (21) para um encontro urgente sobre o mais recente ataque na Síria. A reunião foi solicitada por vários países depois da oposição síria afirmar que foram usadas armas químicas no ataque. O encontro será a portas fechadas.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou estar "chocado" com as denúncias de que foram usadas armas químicas pelas forças de segurança contra civis na região de Damasco, capital da Síria, conforme informou o porta-voz do secretário, em Nova York.
As informações vêm à tona no momento em que há um grupo de especialistas em armas químicas na Síria para investigar suspeitas de utilização de armas químicas nos conflitos.
Estados Unidos, França, Reino Unido, Luxemburgo e Coreia do Sul, cinco dos 15 países que integram o Conselho de Segurança, pediram a reunião urgente do órgão. A Arábia Saudita também se manifestou e considera que a ONU deve adotar posição para acabar com a "tragédia humana" na Síria.
A Casa Branca exigiu "acesso direto" da equipe de especialistas em armas químicas da ONU para investigar as acusações. Paris e Londres devem enviar uma carta ao secretário-geral para reforçar o pedido. O presidente francês, François Hollande, pediu que os peritos se desloquem rapidamente ao local.
A oposição síria acusou hoje o regime de Bashar Al Assad de ter matado 1.300 pessoas em um ataque com armas químicas em uma área controlada pelos rebeldes perto de Damasco e criticou o "silêncio cúmplice" da comunidade internacional. Não é possível confirmar o número de vítimas. O governo sírio nega o uso de armas químicas.
A Rússia, aliada do governo, disse que as acusações da oposição não passam de "uma provocação premeditada".
*Com informações da Agência Lusa
Edição: Carolina Pimentel
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