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      Opositor venezuelano foge e prepara tour global contra Maduro

      O líder da oposição venezuelana Antonio Ledezma, que foi detido em 2015 sob alegações de planejar um golpe, e que estava em prisão domiciliar em Caracas, fugiu pela fronteira para a Colômbia nesta sexta-feira e depois viajou à Espanha para iniciar uma turnê internacional para lutar contra o que chamou de “tirania” do presidente Nicolás Maduro

      Opositor venezuelano Antonio Ledezma (Foto: Leonardo Attuch)
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      CARACAS (Reuters) - O líder da oposição venezuelana Antonio Ledezma, que foi detido em 2015 sob alegações de planejar um golpe, e que estava em prisão domiciliar em Caracas, fugiu pela fronteira para a Colômbia nesta sexta-feira e depois viajou à Espanha para iniciar uma turnê internacional para lutar contra o que chamou de “tirania” do presidente Nicolás Maduro.

      Ledezma, o oponente mais conhecido de Maduro depois de Leopoldo López, disse ter passado por 29 postos de controle da polícia e do Exército durante uma jornada clandestina por via terrestre que manteve em segredo de seus entes queridos. 

      “Qualquer destino para lutar pela liberdade da Venezuela é bom, essa é a bússola, a minha bússola tem vários destinos, vou fazer uma peregrinação ao redor do mundo”, disse Ledezma a jornalistas no aeroporto de Cúcuta, onde embarcou em um avião privado para Bogotá.

      “(A Nicolás Maduro, eu digo) para parar, é hora de se afastar e permitir um governo de transição, Maduro não pode continuar torturando o povo da Venezuela”, acrescentou.

      Em 2014 o ex-prefeito metropolitano de Caracas liderou protestos de rua contra Maduro que provocaram meses de violência e causaram 43 mortes.

      Maduro o apelidou de “O Vampiro”, e autoridades o acusaram de ajudar manifestantes radicais violentos, incluindo militares dissidentes que planejavam depor o presidente através de ataques aéreos.

      Ledezma negou as acusações, que disse serem fabricadas.

      “Peço a minha esposa e filhas que entendam. Elas passaram longas horas de angústia sem saber onde eu estava”, disse o veterano de 62 anos aos repórteres na cidade de Cúcuta depois de cruzar uma ponte de San Antonio, na Venezuela.

      “Foi uma decisão só minha”, acrescentou.

      Em agosto, a Justiça venezuelana acusou Ledezma de tentar fugir de sua casa em Caracas, onde ele estava sendo mantido por motivos de saúde, e enviou-o para uma prisão militar, mas dias depois ele voltou para sua casa.

      “Bem-vindo à liberdade”, escreveu no Twitter o ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana, que tem relacionamento próximo com a oposição na Venezuela.

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