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Oxfam reitera medidas contra abuso sexual após escândalo

A ONG britânica Oxfam reiterou o compromisso contra a luta contra a exploração de pessoas em vulnerabilidade após a divulgação de escândalos de corrupção e abusos sexuais envolvendo seus diretores; para a Oxfam Brasil, "os casos de abuso sexual envolvendo integrantes da Oxfam são inadmissíveis, e devem ser condenados sem contemporização. Os casos denunciados não foram tratados com a rigidez necessária e nem foram tomadas as medidas cabíveis", diz a ONG

An Oxfam shop is seen, in London, Britain, February 11, 2018. REUTERS/Peter Nicholls (Foto: Charles Nisz)
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247 - A ONG britânica Oxfam reiterou o compromisso contra a luta contra a exploração de pessoas em vulnerabilidade após a divulgação de escândalos de corrupção e abusos sexuais envolvendo seus diretores. Para a Oxfam Brasil, "Os casos de abuso sexual envolvendo integrantes da Oxfam Grã Bretanha são revoltantes e inadmissíveis, e devem ser condenados sem contemporização. É preciso reconhecer os erros cometidos. Os casos denunciados não foram tratados com a rigidez necessária e nem foram tomadas as medidas cabíveis".

A diretora-adjunta da ONG, Penny Lawrence, renunciou nesta segunda-feira (12), após assumir "inteira responsabilidade" pelo escândalo gerado por causa da revelação de que funcionários da organização contrataram prostitutas no Haiti, durante missão humanitária após o terremoto de 2010.

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Já na Guatemala, o presidente da Oxfam, Juan Alberto Fuentes Knight foi preso nesta terça-feira (13) durante uma operação contra a corrupção que resultou também na detenção do ex-presidente guatemalteco Álvaro Colom. Knight era ministro das finanças do governo Colom e foi preso junto com outros 7 ex-ministros por desvio de recursos em obras de transporte urbano no país da América Central.

Confira o comunicado da Oxfam Brasil sobre os recentes escândalos envolvendo a ONG

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Os casos de abuso sexual envolvendo integrantes da Oxfam Grã Bretanha são revoltantes e inadmissíveis, e devem ser condenados sem contemporização. É preciso reconhecer os erros cometidos. Os casos denunciados não foram tratados com a rigidez necessária e nem foram tomadas as medidas cabíveis. É preciso não apenas pedir desculpas às vítimas de assédio e abuso sexual, mas principalmente tomar providências para que isso não volte a ocorrer.

A Oxfam Brasil acredita que momentos de crise como este exigem o máximo de transparência e ações concretas e imediatas. Está sendo feito um trabalho com as demais afiliadas para que os fatos sejam divulgados de forma irrestrita. Uma comissão independente para investigação externa está sendo formada para a identificação dos erros cometidos e a prevenção de futuros casos. Os procedimentos de recrutamento também estão passando por um processo de revisão, o qual poderá contribuir para o aperfeiçoamento do setor de ajuda humanitária internacional.

Esse contexto exige a renovação de políticas, práticas e lideranças. Não pode haver espaço na Oxfam para quem abusa da posição de poder e da confiança de milhares de pessoas, nem para quem tem a obrigação de agir e não o faz.

Mas não se deve perder o horizonte da verdadeira força motriz da Oxfam – uma organização formada por milhares de pessoas ao redor do mundo comprometidas em salvar vidas, erradicar a pobreza, reduzir as desigualdades e lutar para uma vida melhor para todos.

Sobre o episódio referente a Juan Alberto Fuentes Knight, a Oxfam Brasil considera que seu indiciamento e prisão provisória na Guatemala tornou insustentável sua permanência no cargo de presidente do Conselho da Oxfam Internacional, ainda que o caso seja do período anterior ao seu mandato com a organização.

A Oxfam Brasil reforça seu compromisso com a luta contra a exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade e a defesa da justiça de gênero.

Espera-se que esse doloroso momento indique um caminho de fortalecimento de uma organização com mais de 70 anos, presente em cerca de 90 países, com mais de 10 mil funcionários e 50 mil voluntários, salvando incontáveis vidas ao longo de sua história. Atualmente a Oxfam está operando em mais de 30 situações de emergência pelo mundo, dos conflitos armados na Síria e Iêmen a desastres naturais na Índia e fome extrema no Sudão do Sul, provendo água limpa para beber, saneamento básico e apoio a famílias que perderam tudo o que tinham. Só na Síria, Jordânia e Líbano a Oxfam está atendendo cerca de 2 milhões de pessoas. É pensando nessas pessoas que a  Oxfam tem a obrigação de ser maior do que seus erros.

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