Palco de guerra no Bahrein
Depois de duas semanas de aparente tranquilidade, policiais e opositores xiitas contra a famlia real
Os conflitos voltaram com força ao Bahrein neste domingo. Manifestantes bloquearam a principal via de acesso ao Bahrein Financial Harbour, um dos principais complexos de escritórios do país, e enfrentaram a polícia, que reagiu com o disparo de bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água. Houve também confrontos pessoais entre as duas brigadas. Foi um dos conflitos mais violentos desde em 17 de fevereiro, quando o Exército matou sete manifestantes. Neste domingo, manifestantes improvisaram barricadas ao redor da estrada para o Bahrein Financial Harbour, próximo à conhecida Praça Pérola, onde se desenrolaram os confrontos há semanas.
O governo afirmou, em comunicado, que os manifestantes não deve voltar à praça para “sua própria segurança". O texto acrescentava que um policial havia sido assassinado e outro fora levado ao hospital, ferido na cabeça. Um manifestante mostrou uma marca vermelha e redonda em seu peito, o que ele disse ter sido uma rajada direta de gás lacrimogêneo. Outros mostraram à Reuters balas de borracha que, segundo eles, foram atiradas pela polícia.
O Bahrein está passando por seu pior conflito desde os anos 1990. Os protestos, inspirados pelas revoltas que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia, se espalharam pelas ruas no mês passado. Esses conflitos geram grande preocupação nos EUA, pois o reino abriga a quinta frota marinha. O temor vem do fato de que a oposição é liderada por uma descontente maioria xiita, que se considera discriminada pela família real sunita, no poder há dois séculos. Os xiitas acusam o governo de corrupto e discriminatório.
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