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Papa diz que pobreza e miséria espiritual causam terrorismo

Papa Francisco afirmou que o terrorismo é causado por uma "miséria espiritual" e pela "pobreza social"; em discurso para o corpo diplomático do Vaticano, ele disse que o "terrorismo fundamentalista é fruto de uma grave miséria espiritual e de uma notável pobreza social; "Faço um apelo a todas as autoridades religiosas para rejeitarem com força qualquer ato de assassinato em nome de Deus", disse. O papa afirmou que o terrorismo poderá ser combatido somente com a contribuição "dos líderes sociais e políticos"

Papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano. 21/10/2015 REUTERS/Alessandro Bianchi (Foto: Paulo Emílio)

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Ansa - O papa Francisco afirmou hoje (9) que o terrorismo é causado por uma "miséria espiritual" e pela "pobreza social". Em mais um apelo contra a violência por motivação religiosa, ele discursou para o corpo diplomático do Vaticano e disse que o "terrorismo fundamentalista é fruto de uma grave miséria espiritual e de uma notável pobreza social".

"Faço um apelo a todas as autoridades religiosas para rejeitarem com força qualquer ato de assassinato em nome de Deus", disse. O papa afirmou que o terrorismo poderá ser combatido somente com a contribuição "dos líderes sociais e políticos", os quais podem garantir a liberdade religiosa e promover ações que "evitem um terreno fértil para o fundamentalismo", como medidas de combate à pobreza.

No mesmo discurso, o papa comentou a crise imigratória que atinge a Europa e agradeceu a países como Itália, Alemanha, Grécia e Suécia por medidas de acolhimento de refugiados, entre os quais, frequentemente, há denúncias de infiltração de terroristas.

Política de isolamento

"Uma abordagem cautelosa por parte das autoridades públicas não significa uma política de isolamento", disse. "Não se pode reduzir esta dramática crise atual a um simples número", afirmou, referindo-se aos milhares de imigrantes do norte da África e do Oriente Médio que fogem de seus país devido às guerras e ao terrorismo.

"Na Europa, onde não faltam tensões, a disponibilidade ao diálogo é o único caminho para garantir a segurança e o desenvolvimento do continente", afirmou o papa, admitindo que vê com "preocupação" o futuro do continente.

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