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Paramilitares matam 2 mil civis no Sudão em guerra civil e promovem execuções em hospital

Autoridades denunciam genocídio

Grande coluna de fumaça subindo de um depósito de combustível em Porto Sudão, no Sudão - 06/05/2025 (Foto: REUTERS/Khalid)

247 - O governo do Sudão afirmou nesta quarta-feira (29) que mais de 2 mil civis foram mortos pelas forças paramilitares de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) na cidade de El Fasher, desde que o grupo tomou o controle da região, informou a agência Xinhua.

Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo canal RT, forças RSF teriam massacrado todos os pacientes do hospital saudita na cidade. Imagens mostram a execução de um sobrevivente à queima-roupa.

Em uma coletiva de imprensa em Porto Sudão, Mona Nour Al-Daem, vice-comissária sudanesa de Ajuda Humanitária, classificou o ataque como “um genocídio contra civis desarmados”.

No domingo, as Forças de Apoio Rápido (RSF) reivindicaram o controle da cidade de El Fasher, no oeste do Sudão, o último reduto das Forças Armadas Sudanesas (SAF) na região de Darfur.

A guerra, que já dura três anos, matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou milhões e deixou grande parte do país à beira da fome.

De acordo com a agência Reuters, ativistas e grupos de direitos humanos alegaram que as recentes conquistas das RSF na região central do Sudão e em Darfur foram acompanhadas por centenas de mortes de civis.

Os dois lados do conflito rejeitaram alegações anteriores de abusos e acusaram-se mutuamente de realizá-los. (Com agências).

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