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Pegasus: França detecta programas de espionagem em celulares de ministros

O programa de espionagem Pegasus infectou os telefones celulares de pelo menos cinco ministros e um diplomata da presidência francesa

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
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RFI - O programa de espionagem Pegasus infectou os telefones celulares de pelo menos cinco ministros e um diplomata da presidência francesa. Duas fontes ligadas ao caso confirmaram nesta sexta-feira (24) uma informação divulgada pelo site Mediapart.

Os serviços de segurança franceses encontraram nos celulares vestígios deste programa desenvolvido pela empresa israelense NSO. Os aparelhos teriam sido infectados em 2019 e 2020, segundo o Mediapart. Foram invadidos os telefones dos ministros da Educação, Agricultura, Habitação, Territórios Ultramarinos e Coesão Territorial. O diplomata que teve o celular grampeado trabalha com o presidente Emmanuel Macron em assuntos internacionais.

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"Meu número de telefone foi um dos examinados pela Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação", disse a ministra da Habitação, Emmanuelle Wargon, ao jornal L'Opinion. Embora a ministra tenha dito que não podia confirmar a informação até o momento, porque ainda não havia recebido o resultado do teste, ela contou que, por via das dúvidas, trocou de aparelho.

Uma série de reportagens investigativas que vêm sendo pubicadas por um consórcio de 17 veículos de comunicação internacionais revelou o uso do Pegasus para espionar jornalistas, políticos, ativistas de direitos humanos, ou empresários, em vários países. 

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Como resultado desta investigação baseada em uma lista de 50.000 celulares, obtida pela organização Forbidden Stories e pela Anistia Internacional, várias pessoas na França denunciaram terem sido espionadas por este programa.O governo do Marrocos foi acusado de recorrer a este "spyware". Rabat rejeitou o que julgou serem "acusações falsas e sem fundamento" e iniciou processos judiciais na França, na Espanha e na Alemanha.

UE denuncia espionagem da Rússia

A União Europeia também denunciou, nesta sexta-feira (24), atividades de espionagem "inaceitáveis" da Rússia contra responsáveis políticos europeus. "Alguns estados membros da UE observaram uma attividade cibernética suspeita, designada coletivamente pelo nome de +Ghostwriter+, associadas ao Estado russo", declarou o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell, em um comunicado transmitido aos 27 estados membros da UE.

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De acordo com Borrell, as atividades são "inaceitáveis porque ameaçam a integridade e a segurança, os valores e princípios democráticos e o funcionamento fundamental de nossa democracia, permitindo a desinformação e a manipulação da informação", ressaltou.

Os ataques visam parlamentares, funcionários, políticos, jornalistas e membros da sociedade civil e permitem o acesso a sistemas e contas pessoais, possibilitando o roubo de dados, diz o comunicado.

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O governo alemão também acusou o serviço secreto russo de realizar ataques de "phishing", ou fraude cibernética usada para obter informações confidenciais, visando parlamentares alemães, e denunciou as tentativas de influenciar as eleições legislativas do país, previstas para esse domingo. 

A Justiça alemã abriu uma investigação para apurar a suspeita. "A UE e seus Estados membros denunciam essas atividades e pedem que os responsáveis cessem imediatamente essa prática", insistiu Borrell. "Pedimos à Rússia a adesão às normas de comportamento responsável dos Estados no ciberespaço. A União Europeia insistirá na questão nas próximas reuniões e tomará novas medidas", declarou.

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