Pepe Escobar: barrar Lula pode ser o xeque-mate da guerra híbrida
O jornalista Pepe Escobar considera que, ao apoiar o candidato Jair Bolsonaro e minar juridicamente a chapa do PT, setores imperialistas que promovem a guerra híbrida só conseguirão seu exito no Brasil com a aniquilação de Lula nas eleições presidenciais; "É única forma deles terem o xeque-mate", ressalta o jornalista; assista a íntegra da análise geopolítica de Pepe Escobar
TV 247 - O jornalista Pepe Escobar avaliou na TV 247 nesta semana como os grupos imperialistas se organizam para desestabilizar moedas e governos que lhe convêm, incluindo o Brasil, vítima da ingerência ingerência estadunidense no golpe de Estado de 2016 e nas eleições de 2018. "Barrar Lula pode ser o xeque-mate da guerra híbrida", avalia.
Ao analisar o governo Trump, Pepe observa que os Estados Unidos, assim como no período em que George W. Bush foi presidente, voltou a usar a prática do porrete para exercer sua hegemonia global, tendo como objetivo central fragmentar a união euro-asiática.
"Há setores internos do governo que tentam convencer Donald Trump de impedir qualquer acomodação com os russos, envolvendo principalmente o Síria e a Ucrânia, pois ambos os países estão ligados em termos de cortar a união euro-asiática e as áreas de influência da Rússia", afirma.
Ao discorrer sobre a guerra híbrida, Pepe observa as movimentações do grupo "Deep State" (Estado profundo), composto por anglo-americano sionistas, e afirma que tal força tem como objetivo defender os interesses de Israel e dos EUA, provocando instabilidade político-econômica nos países que convém.
"Há uma intensa ofensiva cambial para desestabilizar a moeda de três países membros do Brics: Brasil, África do Sul e Índia. Outros dois países são aspirantes a Brics e também sofrem ataques: a Turquia e Indonésia", expõe.
O jornalista explica que, a longo prazo, um Brics forte poderá denunciar ao mundo o regime de Apartheid que os sionistas promovem contra os palestinos. "Eles possuem muito medo de tornar Israel um escândalo internacional, como foi a África do Sul, e temem isso", elucida.
Em relação à ingerência do Deep State em terras brasileiras, Pepe afirma que o grupo já percebeu que Geraldo Alckmin não irá decolar, apostando suas fichas em Jair Bolsonaro.
Ele considera que, ao apoiar a extrema-direita brasileira e minar juridicamente a chapa do PT, a guerra híbrida só poderá ter um exito no Brasil com a aniquilação de Lula nas eleições presidenciais. "É a única forma de eles terem seu xaque-mate", conclui.
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