"Perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança", diz embaixador sobre brasileiros em Gaza

247 - O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, destacou a necessidade urgente de permitir que os brasileiros na Faixa de Gaza deixem a região devido aos bombardeios incessantes, escassez de alimentos, água e medicamentos. “As perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança", disse Candeas à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.. Paulo. 

“Candeas afirma que a questão está sendo tratada no ‘nível político máximo’ e que o presidente Lula, o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência Celso Amorim já falaram ‘com seus homólogos na região’”, destaca a reportagem. 

Mesmo com atendimentos à distância para problemas de saúde, incluindo questões mentais, conduzidos por profissionais da Cisjordânia contratados pela representação diplomática brasileira, a espera pela autorização de saída persiste. Candeas revela que, enquanto aguardam, medidas estão sendo tomadas para proteger os brasileiros, como o aluguel de casas e o repasse de informações de localização às autoridades israelenses para evitar os bombardeios. A saída, no entanto, está pendente da autorização de Israel e do Egito, responsáveis pela única passagem entre Gaza e o território egípcio. 

"Aguardamos, há 3 semanas, a abertura da fronteira entre Gaza e Egito para poder transportar os brasileiros que esperam nas cidades de Khan Yunis e Rafah até o Cairo, de onde tomarão o voo da FAB para o Brasil", disse Candeas.

No total, 34 pessoas, incluindo 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três familiares próximos, aguardam a permissão para deixar a região. O grupo, composto por 18 crianças, dez mulheres e seis homens, enfrenta uma espera preocupante enquanto a diplomacia brasileira busca garantir a segurança e o retorno seguro desses cidadãos ao Brasil.