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Pesquisador 'brasileiro' detido na Noruega confessa ser russo

Mikhail Mikushin conseguiu vaga como pesquisador na Universidade Ártica da Noruega se passando por um brasileiro com nome de Jose Assis Giammaria

Mikhail Mikushin, suposto espião que se passava por Jose Assis Giammaria (Foto: Reprodução)

247 - Um pesquisador da Universidade Ártica da Noruega, detido em outubro de 2022 sob a identidade de Jose Assis Giammaria do Brasil, admitiu, durante uma audiência em Oslo, ser, na realidade, Mikhail Mikushin, cidadão russo. As informações foram divulgadas na quarta-feira pelo jornal norueguês VG, citando fontes dos serviços de segurança do país.

Segundo relatos anteriores da emissora NRK, as autoridades norueguesas prenderam inicialmente um homem apresentando-se como Jose Assis Giammaria, acreditando tratar-se do cidadão russo Mikhail Mikushin. O Serviço de Contrainteligência norueguês acusou-o de atividades de inteligência e coleta de dados sob a suposta orientação de Moscou.

O homem, detido em Tromso em 24 de outubro de 2022, permanece sob custódia desde então. As acusações incluem atividades de inteligência ilegais que poderiam prejudicar os interesses nacionais fundamentais da Noruega, bem como suspeitas de atividades de inteligência que poderiam comprometer os interesses de segurança de outros estados. Em caso de condenação, ele enfrenta uma pena de prisão de até três anos.

Durante a audiência, o indivíduo admitiu ser Mikhail Mikushin e que sua identidade estava registrada sob este nome. À época de sua prisão, Hedvig Moe, vice-chefe do serviço de segurança da polícia, expressou preocupação, afirmando: "É possível que ele possa ter adquirido uma rede e informações sobre a política norueguesa no norte. Mesmo que isso não seja uma ameaça à segurança do reino, estamos preocupados que possa ser mal utilizado pela Rússia."

O suspeito, que chegou à Universidade Ártica em dezembro de 2021, conseguiu a vaga após solicitar permissão para realizar pesquisas no departamento de estudos de segurança do Ártico, conforme relatado pela professora Gunhild Hoogensen Gjørv.

[Com informações da Sptunik Brasil e Veja]