PIB dos EUA cresce 2,8% no terceiro trimestre
Economia norte-americana avançou em ritmo mais rápido que o esperado no período, na medida em que as empresas reabasteceram suas prateleiras, mas uma desaceleração nos gastos empresariais e do consumidor apontaram fraqueza
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON, 7 Nov (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu em ritmo mais rápido que o esperado no terceiro trimestre, na medida em que as empresas reabasteceram suas prateleiras, mas uma desaceleração nos gastos empresariais e do consumidor apontaram fraqueza.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu em taxa anual de 2,8 por cento, o ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2012, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira. Houve aceleração ante o ritmo de 2,5 por cento no segundo trimestre e a leitura superou as expectativas de economistas de taxa de 2,0 por cento.
Detalhes da primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre foram fracos de modo geral, com os estoques contribuindo com 0,83 ponto percentual para seu crescimento. Excluindo os estoques, a economia cresceu em taxa de 2,0 por cento após ter expandido 2,1 por cento.
O crescimento dos gastos empresariais e do consumidor desaceleraram com força, concedendo ao relatório um tom fraco e validando a decisão do Federal Reserve, banco central do país, de continuar com seu programa de compras de títulos de 85 bilhões de dólares ao mês.
Com as perspectivas de crescimento de curto prazo não tão otimistas, uma redução nas compras, que visam a manter as taxas de juros baixas, não é esperada neste ano.
Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram em taxa de 1,5 por cento, o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2011. Os gastos cresceram em taxa de 1,8 por cento no período de abril a junho.
A culpa de parte da desaceleração no consumo foi depositada sobre a fraca demanda por serviços públicos, por causa de um incomum tempo mais fresco no verão. Mas as famílias também tiveram cautela com as compras visto que o ritmo de criação de empregos desacelerou significativamente durante o trimestre.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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