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Mundo

Posição firme do Brasil leva Israel a evitar escalada de crise diplomática

Israel não pretende romper as relações diplomáticas com o Brasil e avaliará os próximos movimentos, evitando uma escalada da crise

Lula e Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS)
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247 - Diante da recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em se retratar pela declaração que comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto, o governo de Isarel avalia que o momento não é de escalar a crise entre os dois países. Segundo a CNN, Tel Aviv manterá o presidente Lula como “persona non grata” e avaliará os próximos movimentos, sem romper relações diplomáticas.

Segundo a reportagem, “não há interesse de Israel de que a crise evolua para esse ponto. Integrantes do governo do país disseram diferenciar o que é uma posição do governo da posição da população. Mas dizem por outro lado que medidas adicionais podem ser tomadas a depender das próximas posições e manifestações do presidente Lula sobre o conflito em Gaza”.

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Israel expressa a leitura de que a recusa de Lula em se retratar representa um erro, retirando o Brasil de sua histórica condição de país neutro e equilibrado ao lidar com o conflito palestino-israelense. Além disso, há preocupações de que a manutenção dessa posição possa afastar o Brasil de países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França, podendo até contribuir para o crescimento do antissemitismo no país.

Autoridades brasileiras, porém, contestam essa leitura, afirmando que o Brasil não se afasta de outros países, especialmente considerando as pressões e críticas internacionais enfrentadas pelo governo de Benjamin Netanyahu. Os diplomatas também enfatizam que o foco do Brasil está na situação dos civis palestinos e na iminência de uma ação militar em Rafah, no sul de Gaza, o que pode elevar as consequências humanitárias dessa crise. Além disso, fontes diplomáticas “também disseram que o governo Netanyahu é conhecido por tentar intimidar críticos, domésticos e estrangeiros, e que isso não vai funcionar com o Brasil”.

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O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza. Rabinos judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism dão razão ao presidente brasileiro e dizem que as ações de Netanyahu são ainda mais graves do que as práticas nazistas.

  

 

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