Premiê britânica diz que definirá estratégia do Brexit nas próximas semanas
"Em primeiro lugar eu vou apresentar mais detalhes nas próximas semanas, à medida que caminhamos para ativar o Artigo 50", disse, referindo-se ao processo de saída da UE, que ela iniciará antes do fim de março; Theresa May negou também sugestões de que a estratégia estaria "confusa" na busca pelo que chamou de relação certa com a União Europeia
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LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou neste domingo que definirá sua estratégia para o Brexit nas próximas semanas, negando sugestões de que estaria "confusa" na busca pelo que chamou de relação certa com a União Europeia (UE).
Em sua primeira entrevista deste ano, May ignorou pedidos de líderes empresariais, parlamentares e da oposição por mais detalhes sobre sua estratégia para deixar a UE, oferecendo pouco além de uma promessa de obter o melhor acordo possível.
"Em primeiro lugar eu vou apresentar mais detalhes nas próximas semanas, à medida que caminhamos para ativar o Artigo 50", disse, referindo-se ao processo de saída da UE, que ela iniciará antes do fim de março.
Segundo ela, a questão crucial para ambos os lados do debate - priorizar o controle da imigração para a Grã-Bretanha ou o acesso preferencial ao mercado comum europeu - não se trata de uma escolha binária.
"Mas o que eu estou dizendo é que eu acho errado olhar para isso como apenas uma questão binária, como ou você tem controle da imigração ou você tem um bom acordo comercial - eu não vejo como uma questão binária", disse a primeira-ministra.
Autoridades da UE afirmaram que a Grã-Bretanha não pode ter acesso ao mercado único de 500 milhões de consumidores sem aceitar o princípio do movimento livre e alertaram May repetidamente contra tentar "escolher a dedo" as partes rentáveis da união.
A primeira-ministra afirmou buscar um "acordo ambicioso", descartando a sugestão do ex-embaixador britânico para a UE, Ivan Rogers, de que seu governo estava "confuso" em sua abordagem a uma das mais complicadas negociações em que o país já esteve envolvido desde a Segunda Guerra Mundial.
(Por Elizabeth Piper e Paul Sandle)
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