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Presidente da Comissão Europeia denuncia Reino Unido e EUA por proibir exportação de vacinas

Charles Michel denunciou os países por terem imposto uma "proibição total" à exportação de imunizantes, acusação negada pelo governo britânico. O bloco defendeu sua política de exportação, mas não se sabe se um certo nacionalismo surgirá quando for vender as doses remanescentes para o restante do mundo

Presidente da Comissão Europeia acusa Reino Unido de proibir exportações da vacina da AstraZeneca (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
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247 - Charles Michel, presidente da Comissão Europeia, defendeu a União Europeia (UE) de acusações de "nacionalismo vacinal" e denunciou o Reino Unido, que recentemente deixou o bloco, e os Estados Unidos por terem imposto uma "proibição total" à exportação de imunizantes produzidos nos países.

A UE autorizou na última quinta-feira (11) o uso vacina de dose única da Johnson & Johnson, que será produzida nos EUA. O bloco já encomendou 400 milhões de doses. 

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O New York Times explicou o que está por trás da acusação: "Os EUA também têm segurado, por meio de um mecanismo de guerra chamado Lei de Produção de Defesa, que dá ao governo controle sobre a produção industrial. Biden prometeu que todos os americanos adultos terão uma dose até maio".

A vacina da anglo-sueca AstraZeneca com a Universidade de Oxford, que é produzida ao redor do mundo, vem sendo amplamente aplicada na população do bloco, apesar da recente suspensão das imunizações.

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A newsletter do presidente do órgão, publicada na última terça (9), destacou também que o bloco possui legislação para evitar que doses sejam exportadas para países mais avançados antes de a população local ser imunizada:

"Também estou chocado quando ouço as acusações de 'nacionalismo vacinal' contra a UE. Aqui, novamente, os fatos não mentem. O Reino Unido e os Estados Unidos impuseram uma proibição total à exportação de vacinas ou componentes de vacinas produzidos em seu território. Mas a União Europeia, a região com a maior capacidade de produção de vacinas do mundo, simplesmente implementou um sistema para controlar a exportação de doses produzidas na UE. Nosso objetivo: impedir que as empresas às quais encomendamos e pré-financiamos as doses as exportem para outros países avançados, quando não nos entregam o que foi prometido. A UE nunca parou de exportar".

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Este é o caminho que foi seguido nos acordos de exportação com Israel.

"Por exemplo, a operação de vacinação em Israel, que tem uma população de 9 milhões, foi um sucesso. Israel tem capacidades científicas incontestáveis. Mas não desenvolveu nem produziu vacinas. A maioria das tecnologias de vacinação foi iniciada ou desenvolvida na Europa. A maioria das doses com as quais Israel embarcou em seu programa de vacinação em massa foram enviadas da Bélgica. Portanto, como diz o provérbio, não há necessidade de atravessar o rio para obter água", completou.

O governo britânico rebateu as acusações: "O governo do Reino Unido não bloqueia a exportação de uma única vacina contra Covid-19. Quaisquer referências a uma proibição de exportações ou quaisquer restrições a vacinas do Reino Unido são completamente falsas”, disse o porta-voz oficial, conforme reportado na Reuters.

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Uma questão paira no ar, no entanto. Com tantas doses adquiridas, mais que o suficiente para imunizar toda a população, a eventual exportação para países menos avançados seguirá também um certo 'nacionalismo'?

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