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Mundo

Presidente da Turquia diz que premiê de Israel "será julgado como criminoso de guerra"

Tayyip Erdogan também disse que as nações ocidentais que apoiam Israel estão dando "apoio incondicional para matar bebês" e são cúmplices de seus crimes

Recep Erdogan, presidente da Turquia (Foto: Reuters)
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Reuters - O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta segunda-feira que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acabará sendo julgado como criminoso de guerra por causa da ofensiva em curso de Israel na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que criticou os países ocidentais que apoiam Israel.

A Turquia, que apoia uma solução de dois Estados para o conflito que já dura décadas, criticou duramente Israel por sua campanha em Gaza, lançada em resposta ao ataque do grupo militante Hamas em 7 de outubro. Mais de 15.500 pessoas foram mortas nos ataques aéreos e terrestres israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

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Em um discurso em uma reunião do comitê da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) em Istambul, Erdogan disse que as nações ocidentais que apoiam Israel estão dando "apoio incondicional para matar bebês" e são cúmplices de seus crimes.

"Além de ser um criminoso de guerra, Netanyahu, que é o carniceiro de Gaza neste momento, será julgado como o carniceiro de Gaza, assim como Milosevic foi julgado", disse Erdogan, em referência ao ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, que foi julgado por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra em um tribunal em Haia.

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"Aqueles que tentam ignorar as mortes de todos aqueles inocentes usando a desculpa do Hamas, não têm mais nada a dizer à humanidade", acrescentou, referindo-se às potências ocidentais, que ele disse serem "cegas e surdas".

Ao contrário da maioria de seus aliados ocidentais e de alguns estados do Golfo, a Turquia, membro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), não vê o Hamas como um grupo terrorista e hospeda alguns de seus membros.

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Erdogan, cujo partido no poder tem raízes islâmicas, disse que o chamado grupo de contato dos países muçulmanos, formado pela OIC e pela Liga Árabe no mês passado para manter conversações sobre Gaza com os países ocidentais e outros, continuaria as discussões até que os combates em Gaza cessassem, mas acrescentou que é preciso fazer mais.

"Devemos absolutamente avaliar o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional (TPI) dentro dessa estrutura", disse ele, acrescentando que o arsenal nuclear de Israel não deve ser esquecido.

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Erdogan, que há muito tempo pede que o Conselho de Segurança das Nações Unidas seja reformado para ser mais inclusivo, também disse que a ONU falhou no teste em Gaza e pediu uma reforma urgente, repetindo que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França -- não representam o mundo.

"Os esforços sinceros do secretário-geral (António) Guterres foram sabotados pelos membros do Conselho de Segurança", disse ele. "Nenhum de nós precisa aceitar esse sistema", acrescentou.

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"Não é possível que tal estrutura traga paz ou esperança para a humanidade."

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