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Presidente do Líbano quer ajuda, mas não aceita imposições de Bolsonaro, Macron e Trump

Nenhuma potência colonial poderá retornar ao Líbano, diz presidente da República do Líbano, Michel Aoun. A renúncia do governo libanês abre portas à interferência estrangeira, aponta o ministro da Indústria, um dos encarregados de esclarecer o que aconteceu no porto de Beirute

Michel Aoun e explosão em Beirute, Líbano (Foto: Reuters)
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247 - O presidente da República do Líbano, Michel Aoun foi enfático ao dizer que o Líbano não voltará a cair nos braços de potências estrangeiras. O Líbano se tornou palco neste final de semana de protestos e confrontos violentos entre as forças de segurança e manifestantes após a explosão da última terça-feira (4), apesar de o presidente Michel Aoun ter prometido continuar as investigações para determinar a causa do incidente, além de garantir que os responsáveis ​​ serão punidos.

Esses protestos que abalam Beirute vêm após a visita do presidente francês Emmanuel Macron, que mais uma vez insistiu neste domingo na necessidade de reformas políticas e econômicas no Líbano.

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Segundo o canal de TV Al-Mayadeen, essas manifestações receberam o apoio do Instituto de Washington para a Política do Oriente Próximo, braço do lobby israelense, que confirma as advertências da Rússia sobre uma possível interferência estrangeira no país árabe.

O presidente libanês enfatiza que nenhuma potência colonial poderá retornar ao Líbano e garante que as investigações sobre a explosão em Beirute continuam.

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Neste domingo, presidentes estrangeiros ofereceram ajuda ao país sob condições, exigindo "mudança de regime". A manobra de caráter colonialista é comandada pelos presidentes Macron, da França, e Trump, dos Estados Unidos. Bolsonaro decidiu participar e designou como seu representante para liderar uma missão ao país árabe o ex-presidente golpista Michel Temer. 

No sábado, o primeiro ministro do Líbano, Hasan Diab, convocou eleições antecipadas para resolver a crise atual do país após as explosões devastadoras da terça-feira que deixaram 158 mortos e 6.000 feridos.

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As demandas pela renúncia do governo de Beirute abrem portas para a "ingerência estrangeira", alertou o ministro da Indústria do Líbano, Imad Hobolá, que em mensagem postada neste domingo em sua conta no Twitter, repudiou as renúncias de algumas autoridades do país e as considerou uma forma de "fugir" e evitar responsabilidades. Os que se mobilizam nas ruas, exigindo a renúncia das autoridades libanesas, segundo Hobolá, "buscam o colapso do país, e depois pavimentam o caminho para a ingerência estrangeira (...) Mas não vamos renunciar ou nos render à pressão ou chantagem" .

O ministro libanês notou que sua responsabilidade está em esclarecer o que aconteceu no porto de Beirute, punir os responsáveis, combater a corrupção e implementar reformas políticas. “Não vamos fugir à responsabilidade que nos corresponde”, frisou.

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O ministro libanês do Meio Ambiente, Damianos Kattar, renunciou neste domingo (9) após a renúncia da ministra da Informação, Manal Abdel Samad. O chanceler, Nassif Hitti, renunciou antes mesmo da explosão, argumentando que o país não realizava uma "reforma estrutural abrangente".

O Comando do Exército Libanês emitiu uma declaração expressando sua compreensão com a dor no coração dos libaneses e insistiu em que as manifestações devem ser pacíficas sem bloqueios de ruas e estradas nem invasão de propriedades públicas e privadas.

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Diante da situação no país árabe, Hassan Nasrallah, líder do Movimento de Resistência Islâmica do Líbano Hezbollah, pediu a unidade do povo para que o país supere as dificuldades, informa o site iraniano HispanTV. O Líbano precisa de unidade nacional para superar a crise, assinalou. 

Surge a preocupação de que com a interferência estrangeira o Líbano possa se transformar em outra Síria.

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