Presidente do Peru, Pedro Castillo, denuncia tentativa de golpe no país
A empresária Karelim López, investigada por crimes de corrupção, comprometeu Castillo em declarações ao MP, acusando-o de integrar uma organização criminosa
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247 - O presidente do Peru, Pedro Castillo, denunciou neste sábado (26) uma tentativa de golpe em seu país. Ele pediu a ativação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) para dar tranquilidade ao país.
"Chamo a comunidade internacional e o povo peruano a ativar a Carta Democrática Interamericana e permanecer atentos contra qualquer tentativa de desestabilização e golpe no país", escreveu o presidente peruano no Twitter.
"Circula na imprensa monopolista uma série de especulações que tem o objetivo de atentar contra a democracia. Os mesmos que conspiraram contra os presidentes anteriores agora querem fazê-lo contra o governo do povo. Denuncio antecipadamente esse tipo de ação que só insiste em manobras políticas antidemocráticas com a finalidade de gerar instabilidade no país", acrescentou.
De acordo com a imprensa local, a empresária Karelim López, investigada por participação em crimes de corrupção, comprometeu Castillo em declarações ao Ministério Público. Segundo López, o presidente faria parte de uma suposta organização criminosa infiltrada no governo.
O jornal "La República" diz que o objetivo da organização seria obter dinheiro com licitações de obras públicas. Com o dinheiro, Castillo pagaria dívidas que acumulou durante a campanha eleitoral de 2021.
"O mais relevante da declaração é que a mesma afirma que o presidente Castillo faz parte de uma máfia que atua no Ministério dos Transportes e Comunicações direcionando licitações do setor", destacou o jornal "El Comercio".
O presidente diz que López "prestou ao Ministério Público declarações sem base jurídica ou consistência com a verdade, que ameaçam a ética e a transparência dos procedimentos de toda a investigação".
Líder do partido governista, Peru Livre, Vladimir Cerrón, afirmou que "a mídia prepara o terreno para acusar o presidente de liderar uma organização criminosa".
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