Presidente filipino volta a atacar os EUA
Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, se voltou novamente contra os Estados Unidos nesta terça-feira e disse que o país pode esquecer um acordo de defesa bilateral se ele ficar no poder por tempo suficiente; Duterte, que havia suavizado os comentários feitos na semana passada sobre uma "separação" de Washington; afirmou que odeia ter tropas estrangeiras nas Filipinas e disse aos EUA para não tratarem seu país "com um cão na coleira"; "Não quero ver nenhum militar de nenhuma outra nação, exceto filipino. Essa é a única coisa que quero", afirmou
Reuters - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, se voltou novamente contra os Estados Unidos nesta terça-feira e disse que o país pode esquecer um acordo de defesa bilateral se ele ficar no poder por tempo suficiente, na mais recente declaração de impacto de Manila sobre o futuro da aliança.
A nova afronta de Duterte ocorreu às vésperas de seu embarque para uma visita oficial ao Japão, também aliado dos EUA e grande investidor nas Filipinas que vem expressando nervosismo com sua aparente guinada rumo à potência rival China.
Volátil e rígido com a criminalidade, Duterte havia suavizado os comentários feitos na semana passada sobre uma "separação" de Washington, dizendo à mídia japonesa que não está planejando uma troca de alianças e que só está procurando formar laços de negócio e comércio com a China.
Mas ele não segurou a língua nesta terça-feira, quando afirmou que odeia ter tropas estrangeiras nas Filipinas e disse aos EUA para não tratarem seu país "com um cão na coleira".
Comentando uma visita a Manila feita na segunda-feira por Daniel Russel, secretário de Estado assistente dos EUA, Duterte disse que Washington deveria esquecer o Acordo Intensificado de Cooperação de Defesa (Edca, na sigla em inglês) com as Filipinas se ele ficar no cargo por mais tempo.
"Vocês têm o Edca, bem, esqueçam-no. Se eu fica aqui por tempo suficiente", disse. "Não quero ver nenhum militar de nenhuma outra nação, exceto filipino. Essa é a única coisa que quero".
Ele não detalhou o que quis dizer quando falou em ficar mais tempo. Nas Filipinas, o presidente só pode exercer um mandato de seis anos.
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