Protesto contra o genocídio promovido por Israel na Palestina bloqueia o acesso ao parlamento britânico
O protesto foi projetado para pressionar os políticos a adotarem uma postura mais dura em relação a Israel
LONDRES, 6 de janeiro (Reuters) – Manifestantes pró-Palestina bloquearam acessos fora do parlamento britânico em Londres no sábado, exigindo um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas, e entraram em confronto com a polícia, que os impediu de marchar pela Westminster Bridge.
Londres, como outras cidades ocidentais, tem visto manifestações regulares e, às vezes, grandes, pedindo a Israel que interrompa os bombardeios em Gaza, desencadeados por um ataque surpresa em 7 de outubro por militantes do Hamas, que autoridades israelenses afirmam terem matado mais de 1.200 pessoas. Autoridades de saúde palestinas afirmam que 22.722 pessoas foram mortas até agora nos bombardeios israelenses em Gaza.
Vídeos postados nas redes sociais mostraram a polícia bloqueando o acesso dos manifestantes à ponte, e um repórter da Reuters disse que houve várias pequenas escaramuças. Incapazes de acessar completamente a ponte, onde planejavam desfraldar faixas, os manifestantes ocuparam as estradas circundantes.
A polícia disse ter imposto uma ordem legal limitando a localização dos protestos e que, até as 15, as pessoas começaram a se dispersar. Aqueles que se recusassem a cumprir a ordem de sair poderiam ser presos, disse a polícia.
A ação de sábado foi menor do que as marchas em massa anteriores, mas ocorre dois dias antes de o parlamento britânico retornar ao trabalho após o recesso de Natal. O protesto foi projetado para pressionar os políticos a adotarem uma postura mais dura em relação a Israel.
Até agora, o Reino Unido evitou pedir um cessar-fogo imediato, com o ministro das Relações Exteriores, David Cameron, argumentando que tal acordo pode ser insustentável e pode piorar a violência sem um plano para a paz a longo prazo.
A maioria dos protestos anteriores em Londres foi coordenada com a polícia e permaneceu em grande parte pacífica, mas a polícia disse que os organizadores dos protestos de sábado se recusaram a compartilhar detalhes de seus planos.
