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"Rússia não quer guerra", disse Putin a Scholz, numa mesa pouco menor do que a usada com Macron

Após negociações com o chanceler alemão Olaf Scholz, Vladimir Putin, presidente russo, advertiu que as tentativas de conter a Rússia são ameaças diretas ao país

O presidente russo Vladimir Putin e o chanceler alemão Olaf Scholz se reúnem para debater a crise na Ucrânia (Foto: Mikhail Klimentyev/Sputnik)
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Agência Sputnik - A Rússia não quer guerra, e foi por isso que apresentou propostas de segurança, disse na terça-feira (15) Vladimir Putin, presidente russo.

"Sobre se queremos isso [a guerra]? Claro que não. Foi por isso que apresentamos propostas sobre o processo de negociação, cujo resultado deve ser um acordo sobre garantia de segurança igual para todos, incluindo nosso país", observou o presidente da Rússia, mas referiu que a Rússia não pode ignorar a forma como a OTAN e os EUA interpretam à sua maneira os princípios da indivisibilidade da segurança.

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"A Rússia não pode fechar os olhos para a forma como os Estados Unidos e a Aliança do Atlântico do Norte estão interpretando bastante livremente e a seu favor os princípios-chave da segurança igual e indivisível, estabelecida em muitos documentos pan-europeus", apontou ele.

Moscou espera agora que as negociações sejam realizadas de modo abrangente, tendo em conta o interesse de todos os lados, explicou o chefe de Estado russo, acrescentando que a Rússia está pronta para discutir questões de segurança, mas apenas em conjunto com assuntos fundamentais para o país.

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"Acerca da expansão da OTAN. Você disse uma excelente frase: 'Dizem que nos próximos anos a Ucrânia não estará na OTAN'. O que quer dizer 'dizem'? Nós devemos entender o que quer dizer 'dizem' nas relações internacionais. Há 30 anos que nos dizem que não haverá qualquer expansão da OTAN, nem uma polegada na direção das fronteiras russas, mas hoje vemos a infraestrutura da OTAN junto de nossa casa."

A Rússia continuou ainda a fornecer gás à Alemanha a preços de contratos de longo prazo mesmo no período de escassez e de altos preços bolsistas, afirmou Putin.

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"Em 2021 foram fornecidos à Alemanha 50,7 bilhões de metros cúbicos de gás russo. Sublinho que mesmo no período de altas cotações em bolsa do gás e de escassez de sua oferta na Europa, nós continuamos fornecendo combustível aos consumidores alemães com base em preços definidos por contratos de longo prazo", continuou Putin, garantindo que a Rússia continuará fornecendo gás ao país através da Ucrânia mesmo após 2024, se houver demanda e rentabilidade.

"Também quero observar que estamos prontos para continuar o fornecimento de gás através da Ucrânia mesmo após o ano 2024, quando termina o prazo do atual contrato para o trânsito através desse país. Claro, [isso acontecerá] se houver demanda para isso por parte dos parceiros europeus e isso for rentável, enquanto o próprio sistema de transporte de gás da Ucrânia esteja em boas condições técnicas", frisou.

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O presidente da Rússia também expressou disponibilidade para discutir a questão das emissoras Deutsche Welle (DW) na Rússia e RT na Alemanha. Em 2 de fevereiro a Alemanha proibiu o funcionamento da RT DE no país, levando Moscou a fazer o mesmo à DW dois dias depois.

"Eu agora não queria entrar em detalhes para não complicar a situação, mas combinamos que pensaremos como podemos resolver estes problemas", informou Vladimir Putin.

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Scholz, por sua vez, relatou que durante as conversas com o presidente da Rússia foram abordados todos os temas importantes relativamente às relações russo-alemãs, relações europeias e relações internacionais.

Na opinião do chanceler da Alemanha, "foi importante que tenhamos realmente falado um com o outro".

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