Putin assina acordos de cooperação com repúblicas de Donetsk e Lugansk
Os acordos da Rússia com a RPL e a RPD dão o direito à Rússia de usar a infraestrutura militar e as bases nos territórios em Donbass
Sputnik - O Conselho da Federação da Rússia analisará nesta terça-feira (22) a questão de reconhecimento das RPL e RPD em regime fechado, de acordo com uma fonte da Sputnik.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou acordos com os chefes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) sobre amizade, cooperação e assistência mútua.
Os acordos da Rússia com a RPL e a RPD dão o direito à Rússia de usar a infraestrutura militar e as bases nos territórios em Donbass. Além disso, a Rússia tomará medidas para manter os sistemas financeiro e bancário das regiões.
Os tratados ainda determinam que haverá uma proteção conjunta das fronteiras das repúblicas de Donbass, e o reconhecimento de documentos emitidos pelos órgãos governamentais uns dos outros.
Depois de assinar os decretos, Putin e o chefe do RPD, Denis Pushilin, assinaram um acordo de amizade, cooperação e assistência mútua entre a Rússia e a República Popular de Donetsk.
Em seguida, Putin e o chefe do RPL, Leonid Pasechnik, assinaram um acordo de amizade, cooperação e assistência mútua entre a Rússia e a República Popular de Lugansk.
Antes, vários funcionários de alto escalão russos expressaram votos favoráveis à independência da repúblicas.
"A Rússia reconhece a RPD e RPL nas fronteiras estabelecidas de fato hoje em dia, a questão sobre a ratificação dos tratados sobre a amizade e cooperação com as repúblicas será visto pelo Conselho da Federação em 22 de fevereiro, confirmou o vice-presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação", Andrei Klimov.
Antes, ainda nesta segunda-feira (21), em meio às violações por Kiev dos acordos de Minsk, que preveem a resolução do conflito em Donbass, os líderes das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk exortaram Vladimir Putin a reconhecer a independência desses territórios.
Antes disso, no sábado (19), o Partido Comunista russo também sugeriu que o chefe de Estado do país tomasse esse passo.
