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Queda de voo AF 447 Rio-Paris foi erro de co-piloto

Relatrio que ser divulgado hoje por equipe de investigao da Frana aponta falha da tripulao da Air France em controlar o avio que caiu no oceano Atlntico com 228 pessoas

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247 – Uma catástrofe que podia ter permanecido um mistério será revelada hoje. O Escritório de Investigação e Análise (BEA), da França, divulga hoje um relatório que contém as informações contidas nas caixas-pretas do voo AF 447, encontradas no oceano Atlântico. O jornal Le Figaro obteve uma prévia desse documento e revela que a queda do avião que percorria o trecho Rio de Janeiro e Paris foi causada por erros sucessivos de um dos pilotos.

A pane no sistema foi gerada pelo congelamento das sondas Pitot e pela perda de indicadores de velocidade no cockpit. Mas a queda da aeronave da Air France no oceano com 228 pessoas a bordo teria sido erro humano. Segundo o documento, a equipe de comando poderia ter evitado uma zona de perturbação efetuando um desvio de 12 graus. As turbulências enfrentadas pelo avião no momento do acidente não pareciam ter nada de excepcional. Os investigadores revelam ainda que tripulação não havia recebido treinamento de como lidar com a perda de informações anemométricas. Segundo Le Figaro, o relatório da BEA confirma que em nenhum momento a equipe de controle percebeu que a aeronave tinha parado.

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Na noite de 31 maio a 1 junho de 2009, o comandante deixou o cockpit às 2h01 para descansar e foi substituído por um co-piloto. No momento que as sondas Pitot se congelam e o piloto automático se desconecta às 2h10, a configuração da tripulação é a seguinte : o comandante está fora do cockpit - o que é permitido durante um voo reforçado com três pilotos ; o co-piloto menos experiente está sentado à direita na posição principal ; o segundo co-piloto está à esquerda na missão de gerar panes e fornecer informações para o seu colega. A primeira ordem dada pelo piloto foi subir a aeronave a 37,5 mil pés. A essa altitude, o risco de perda de controle e queda do avião é considerável. Nesse momento, a investigação indica que as sondas Pitot voltam a funcionar. Cabia ao piloto apenas manter manualmente a trajetória e a altitude da aeronave para evitar o acidente.

No entanto, o segundo co-piloto perde de vista o informe das panes e não percebe que o piloto no comando continua a puxar a alavanca, o oposto do que deveria ser feito. Essa ação faz o avião perder sua linha de voo e cair no oceano. "Esta manobra é totalmente incompreensível", disse um piloto da Air France. "Meu colega deve ter entrado em pânico." Quando o comandante chega no cockpit, ele não é informado da situação exata da pane. Tarde demais mais para fazer qualquer manobra.

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