Receita de Macri, como a de Temer: fim dos ministérios da Saúde e do Trabalho
Depois de jogar a Argentina no caos econômico com sua política neoliberal, o presidente Mauricio Macri disse, em um discurso duro proferido nesta segunda-feira (3), que irá promover uma redução no número de ministérios, dos atuais 19 para 10, como forma de austeridade fiscal; dentre as pastas que serão extintas ou absorvidas estão as do Trabalho e a da Saúde; assim como as reformas feitas por Michel Temer, Macri anunciou que irá fazer uma profunda reforma fiscal e admitiu, ainda, que "a pobreza vai aumentar"
247 - Depois de jogar a Argentina no caos econômico com sua política neoliberal, o presidente Mauricio Macri disse, em um discurso duro proferido nesta segunda-feira (3), que irá promover uma redução no número de ministérios, dos atuais 19 para 10, como forma de austeridade fiscal. Dentre as pastas que serão extintas ou absorvidas estão as do Trabalho e a da Saúde. Macri admitiu, ainda, que "a pobreza vai aumentar" na Argentina.
Na semana passada, Macri já havia subido as taxas de juros da Argentina para 60% ao ano, seguindo os passos da política neoliberal de Armínio Fraga e Gustavo Franco durante os governos do PSDB no Brasil, além de implorar a antecipação de uma parcela de US$ 3 bilhões ao FMI como forma de tentar conter a crise. De nada adiantou, a moeda local se liquefez e eram precisos 40 pesos para comprar um dólar.
Embora não tenha citado diretamente a crise cambial, ele ressaltou que a pobreza no país deverá aumentar em breve. "Com essa avaliação, a pobreza aumentará e (do Estado) estaremos ajudando aqueles que estão mais expostos", disse.
Sem ter nenhum dado positivo para mostrar, Macri – assim como Michel Temer – culpou o governo anterior, da ex-presidente Cristina Kirchner, pelo seu fracasso. Segundo ele, a corrupção de um "passado que não deve voltar", assim como a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos têm papel fundamental na crise atual.
Macri também disse que deverá elevar o imposto dos exportadores ao afirmar: "Vamos pedir àqueles que têm mais capacidade de contribuir, aqueles que exportam, sua contribuição é maior". "Sabemos que é um imposto ruim, muito ruim, mas eu tenho que pedir que você entenda que é uma emergência e precisamos da sua contribuição", emendou.
Em meio à fala sobre a necessidade de se aplicar um plano de austeridade fiscal, Macri prometeu reduzir o número de ministérios e fundir outros como forma de reduzir o gasto público. Nesta linha, ele anunciou o fim das pastas do Trabalho e da Agroindústria, que serão subordinadas ao Ministério da produção. Já o Ministério da Saúde será incorporado ao do Desenvolvimento Social.
O ministério da Educação também irá receber as áreas de Cultura e Ciência e Tecnologia, que deverá virar secretarias. Também estão previstas mudanças nos ministérios do Meio Ambiente e Turismo – que serão transformados em secretarias que serão subordinadas diretamente a Macri.
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