Relatório de think tank chinês revela perigos da hegemonia militar dos EUA
Novo estudo explora as origens, fatos e ameaças da hegemonia militar dos Estados Unidos
Xinhua - Um novo relatório de pesquisa divulgado pelo think tank da Agência de Notícias Xinhua nesta terça-feira (5), revela os danos e ameaças da hegemonia militar dos EUA. No relatório intitulado "Origens, Fatos e Perigos da Hegemonia Militar dos EUA", o Instituto Xinhua delineia a formação da hegemonia militar dos EUA, resume os meios que Washington adotou para mantê-la e aprofunda seus perigos apresentando fatos e dados.
"Este relatório... tem como objetivo rastrear a causa raiz da hegemonia militar dos EUA, explorar como os Estados Unidos buscaram, mantiveram e abusaram de sua hegemonia militar e contar a verdade sobre os perigos das práticas da hegemonia militar dos EUA para o mundo inteiro", afirmou o think tank.
Os conceitos de "império" e "hegemonia" estão presentes ao longo da história dos Estados Unidos, segundo o relatório. "A ideia continuou a influenciar continuamente as políticas e o comportamento dos EUA em sua trajetória em direção à hegemonia militar global".
"Citando Bernard DeVoto, um historiador americano, 'Tanto como sonho quanto como fato, o Império Americano nasceu antes dos Estados Unidos'", afirmou o relatório.
Durante os mais de 240 anos de história dos Estados Unidos, houve menos de 20 anos em que o país não esteve em guerra, enfatizou o relatório.
Desde 2001, os Estados Unidos lançaram guerras e operações militares em mais de 80 países ao redor do mundo em nome do "anti-terrorismo", o que resultou diretamente na morte de cerca de 929.000 pessoas, incluindo 387.000 civis, e no deslocamento de cerca de 38 milhões de pessoas, afirmou o relatório.
"Com sua hegemonia militar, os Estados Unidos têm promulgado políticas e ações hegemônicas, causando um tremendo dano ao mundo inteiro", acrescentou o relatório.
"Os Estados Unidos têm uma longa e sangrenta história de intervenção militar e expansão. Suas guerras e intervenções causaram um sofrimento humano imenso e instabilidade em todo o mundo. Os Estados Unidos precisam mudar suas maneiras e adotar uma abordagem mais pacífica e cooperativa para a política externa", disse Mohamed A. Elchime, associado profissional de ciência política na Universidade de Helwan, no Egito.
A hegemonia militar dos EUA está fadada a reverter. "A busca por segurança absoluta, exclusão política e contenção militar... não ajudará a estabelecer um quadro de segurança, mas levará a um dilema e até a tumultos", afirmou o relatório.
"Isso não pode promover paz e segurança, mas apenas criar guerra e desastre; isso não pode trazer igualdade e liberdade, mas apenas escravidão e opressão; isso não pode oferecer desenvolvimento e cooperação, mas apenas causar conflitos e divisões", concluiu o relatório.
Observando que o estudo é "de importância histórica", disse Zivadin Jovanovic, presidente do Fórum de Belgrado para um Mundo de Iguais.
"Não tenho dúvidas de que este documento desempenhará um papel importante no fortalecimento da compreensão global, solidariedade e coordenação de esforços para a construção de uma nova ordem mundial policêntrica, mais justa, inclusiva e verdadeiramente democrática", afirmou Jovanovic.