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Retomada da YPF conta com apoio da população

Deciso da presidente Cristina Kirchner de estatizar a subsidiria da espanhola Repsol aprovada por 62% dos argentinos

Retomada da YPF conta com apoio da população (Foto: Enrique Marcarian/REUTERS )
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247 – A Espanha pede ajuda da União Europeia para punir a Argentina pela estatização da companhia YPF, subsidiária da espanhola Repsol. Dentro de casa, a decisão do governo de Cristina Kirchner conta com o respaldo de 62% dos argentinos, segundo uma pesquisa elaborada pela Poliarquia, uma consultoria independente de opinião pública.

Leia na matéria de Ariel Palacios, do Estado de S. Paulo:

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BUENOS AIRES - A expropriação da empresa petrolífera YPF, realizada na semana passada pela presidente Cristina Kirchner, conta com a aprovação de 62% dos argentinos, segundo uma pesquisa elaborada pela Poliarquia, uma consultoria independente de opinião pública. A estatização da companhia tem a rejeição de 31%, enquanto que os indecisos constituem 7%. A companhia, que era a subsidiária argentina da espanhola Repsol, foi extraditada, sem negociações prévias - e sequer indenização - por ordem da presidente Cristina, que celebrou a "recuperação da soberania energética".

No entanto, o controle da YPF possui um respaldo "crítico" dos argentinos, já que 44% dos pesquisados consideram que o governo de Cristina e o ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007) são os responsáveis pela queda de produção de gás e petróleo do país. Uma proporção inferior, 36% acreditam que a culpa é da iniciativa privada.

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A pesquisa da Poliarquia sustenta que 49% dos entrevistados consideram que a expropriação terá um impacto positivo na economia argentina, enquanto que 31% acredita que o efeito será negativo. No entanto, 47% dos pesquisados admitem que a estatização da empresa, arrancada da Repsol, provoca uma imagem negativa da Argentina no exterior. Somente 22% consideram que a operação ordenada pela presidente Cristina melhorará a imagem do país.

Neste fim de semana o vice-presidente Amado Boudou deixou claro que o governo Kirchner está encorajado com o respaldo do próprio partido do governo, o Justicialista (Peronista), parte da oposição e amplos setores da opinião pública.

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O vice-presidente, durante a inauguração do stand da Casa Rosada da Feira do Livro de Buenos Aires, afirmou que o governo "não tem medo" sobre as reações negativas no exterior geradas pela expropriação da YPF.

"O governo não deixará que nós sejamos caçados", afirmou o vice em referência às retaliações comerciais que o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, começou a aplicar neste sábado contra a Argentina. Boudou sustentou que "as decisões da República são tomadas na Casa Rosada (o palácio presidencial) e são para o conjunto dos argentinos".

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Críticas

Enquanto Boudou e o resto do gabinete presidencial pronunciavam defesas da polêmica medida protagonizada pela presidente Cristina, diversos setores da sociedade criticaram a expropriação da YPF. Em um duro editorial, o jornal "La Nación" ressaltou que "o direito da propriedade aproximou-se mais uma vez de seu desaparecimento em nosso país". O tradicional periódico portenho cita o artigo 17 da Constituição Nacional para afirmar que a expropriação, do jeito que foi aplicada pela presidente, é "ilegal": "A propriedade é inviolável e nenhum cidadão da Nação pode ser privado dela a não ser em virtude de uma sentença fundamentada na lei. A expropriação por causa de utilidade pública deve ser definida por lei e previamente indenizada".

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No caso da expropriação da YPF, o governo Kirchner assumiu seu controle (51% das ações, em conjunto com os governos das província petrolífera) sem pagamento prévio. Inclusive, o governo deixou claro que não pagará os US$ 10 bilhões exigidos pela Repsol. O valor a ser desembolsado será definido por um organismo do próprio Estado argentino, o Tribunal de Contas, junto com a Secretaria de Energia.

Arte da infração

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Joaquín Morales Sola, um dos principais colunistas políticos do país, indicou no "La Nación" que a presidente Cristina Kirchner protagonizou a transgressão argentina de maior magnitude desde o festivo calote da divida pública feita pelo ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá" em dezembro de 2001. Segundo Morales Sola, "o kirchnerismo fez da infração uma arte e transformou a segurança jurídica em algo quase inexistente".

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