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Mundo

Rússia dá ao mundo estabilidade, enquanto EUA são ameaça, diz ex-chanceler da Espanha

Ana Palácio afirmou que a Rússia, que é vista pelo Ocidente muitas vezes como ameaça, é quem dá ao mundo estabilidade, na realidade. Ela também disse que os Estados Unidos se transformaram em um disruptor global

Putin e Trump em conversa frente a frente
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Sputnik - A Rússia, que há muito é vista pelo Ocidente como uma ameaça à estabilidade internacional, provou ser uma garantia de segurança, disse a ex-ministra de Relações Exteriores da Espanha, Ana Palácio, acrescentando que os EUA se transformaram em um disruptor global.

Palácio, que também trabalhou como vice-presidente sênior e conselheiro geral do Banco Mundial, alertou as elites políticas ocidentais contra a percepção da Rússia como um "destruidor" que apenas busca "frustrar os planos do Ocidente" a cada passo. Embora essa visão de Moscou pareça ter prevalecido na Europa e do outro lado da lagoa desde que a crise eclodiu na Ucrânia em 2014, é hora de que essa abordagem seja revisada, acredita ela.

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"Hoje, a Rússia é uma verdadeira influenciadora global", declarou.

A ex-chanceler espanhola observou que os esforços diplomáticos de Moscou parecem ter finalmente valido a pena agora, quando o presidente ucraniano Vladimir Zelensky anunciou o apoio de Kiev a um acordo sobre eleições nas regiões separatistas do leste, com o objetivo de conceder-lhes um status especial - algo que a Rússia advogou durante todo esse tempo.

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Da mesma forma, em setembro, a ONU finalizou a formação de um comitê constitucional de 150 membros para a Síria - um órgão proposto pela primeira vez na conferência organizada pela Rússia em 2018.

A última resposta de Moscou ao ataque às instalações petrolíferas sauditas também a apresenta como um "potencial subscritor da estabilidade regional", destacou Palácio, saudando a Rússia por sua intenção de trabalhar com todas as partes da região em meio a tensões crescentes entre Riad e Teerã.

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"Esta é a abordagem de um estrategista, não um destruidor", complementou.

São as políticas belicistas de Washington que estão mudando para o papel dos EUA para uma ameaça à estabilidade global, advertiu Palácio. Em um artigo para o site Project Syndicate, ela disse que a percepção da América como um "poder primário do status quo" não passa de uma "força do hábito", como os EUA ultimamente demonstraram "nenhuma inclinação para liderar".

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Palácio criticou as decisões do presidente estadunidense Donald Trump de se retirar do marco do acordo nuclear iraniano de 2015 e do acordo climático de Paris de 2016, dizendo que "às vezes equivalem a se comportar como um destruidor".

Ela foi muito mais cautelosa ao avaliar o papel da Europa nas relações internacionais. Sem criticá-la, a política espanhola ainda atribui ao Velho Continente um papel não de uma força líder independente, mas de um "facilitador sistêmico".

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Nesse sentido, a ex-diplomata da Espanha exortou os líderes europeus a rever suas abordagens "para considerar todas as consequências potenciais dos acordos que eles facilitam em uma ordem global instável" e "para saber exatamente a quem [seus] esforços servem".

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