Rússia denuncia na ONU ingerência dos EUA na Nicarágua
A Rússia denunciou nesta quarta-feira (5) na ONU a ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Nicarágua e a intenção de Washington de empregar o Conselho de Segurança como árbitro contra esse país centro-americano
247, com Prensa Latina - A Rússia denunciou nesta quarta-feira (5) na ONU a ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Nicarágua e a intenção de Washington de empregar o Conselho de Segurança como árbitro contra esse país centro-americano.
Em um debate convocado pela representação estadunidense no âmbito do Conselho e que foi rejeitado por vários membros desta instância, o representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, destacou as repercussões negativas para a Nicarágua desta reunião.
Alguns integrantes do Conselho de Segurança querem fazer pressão sobre um Estado soberano para que realize mudanças, porém, após o debate convocado, agora é possível que a polarização na Nicarágua se intensifique e fortaleça, apontou.
Talvez seja precisamente esse o desejo dos que promoveram esta discussão no órgão de 15 membros, sublinhou o diplomata.
Nebenzia também criticou a histórica ingerência de Washington em várias nações latino-americanas e isto é o que faz também ao empregar sua posição de poder para levar este tema perante o Conselho.
Se os Estados Unidos estão tão preocupados pela situação dos cidadãos nicaraguenses o lógico seria que suspendesse as medidas restritivas que impôs a esse país por motivos políticos, observou o embaixador.
Em muitas ocasiões, acrescentou, o conceito de violação de direitos humanos é ultilizado de maneira hipócrita, pois os conflitos que se atiçam a partir do estrangeiro são a própria causa dessas violações dos direitos humanos.
Por isso, o diplomata pediu aos Estados Unidos para deixarem de impor tendências colonialistas na Nicarágua e empregar sua posição de poder para atacar o governo dessa nação.
Os que tentam prejudicar a economia nicaraguense para provocar descontentamento popular são precisamente os iniciadores de debates como este no Conselho de Segurança, sublinhou Nebenzia.
Além disso, destacou que a situação nesse país centro-americano tem se establizado nos últimos dias, e como os problemas ali devem ser resolvidos por um diálogo pacífico interno do país, e não por meio de ingerência de uma potência estrangeira e destruidora.
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