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Rússia denuncia que incursão ucraniana em Kursk é do interesse dos EUA

Chancelaria russa afirma que os EUA atuam no mundo com ambição de hegemonia

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa (Foto: TASS)

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Prensa Latina - A incursão armada da Ucrânia na região de Kursk mostra que os Estados Unidos estão comprometidos com a escalada das tensões com a Rússia, disse nesta sexta-feira (30) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, María Zakharova.

Capturado pela sua ambição de hegemonia e pela sua intenção de nos infligir uma derrota estratégica, Washington não para de aumentar o nível de tensão com a Rússia e, ao contrário do que vários altos funcionários dos EUA declararam oficialmente, não tenta evitá-lo, disse Zakharova. 

Prova disso, acrescentou a diplomata, são as recentes declarações de responsáveis ​​do Pentágono e do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Em 22 de agosto, uma das porta-vozes  do Pentágono, Sabrina Singh, reiterou que Washington permite que Kiev lance “contra-ataques” em solo russo.

Por sua vez, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, recusou-se a responder à questão sobre se Washington está a considerar levantar as restrições ao uso dos seus mísseis em ataques ucranianos em território russo, argumentando que Washington prefere manter "em "privado" as suas conversações com Kiev.

Para Zakharova, os Estados Unidos tornaram-se parte de fato no conflito armado em torno da Ucrânia e deram carta branca a Kiev para operações nas regiões russas.

Além do mais, a administração de Joe Biden está aparentemente a preparar-se para fazer novas concessões a Zelensky e deixá-lo de mãos livres para usar armas americanas de praticamente qualquer tipo, em particular, nas profundezas do território russo, observou.

E acrescentou que “a política de escalada dos Estados Unidos é cada vez mais provocativa. Dá a impressão de que a classe dominante ali perdeu o que restava de bom senso e acredita que tudo é permitido”, concluiu.

No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas iniciaram uma incursão armada na província de Kursk e ocuparam diversas áreas, o que provocou o deslocamento de mais de 130 mil civis até o dia 22.

Desde 9 de agosto, a região vive situação de emergência federal. O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu “uma resposta digna” à provocação da Ucrânia, a quem acusou de disparar indiscriminadamente contra instalações civis.

Durante as hostilidades na linha de Kursk, a Ucrânia perdeu até 7.450 soldados e centenas de veículos blindados, incluindo 74 tanques, segundo o Ministério da Defesa russo.

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