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      Russos deixam refúgios rurais nos EUA após serem expulsos por Obama

      Em pequenos comboios de veículos, russos partiram de dois refúgios rurais de férias nos arredores de Washington e da cidade de Nova York sem grande alarde nesta sexta-feira, depois da ordem para que se retirassem dada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse que os locais eram associados com espionagem; os russos receberam o prazo de até o meio-dia desta sexta-feira para desocupar as propriedades em Centreville, Maryland, e em Upper Brookville, em Long Island, no estado de Nova York

      Em pequenos comboios de veículos, russos partiram de dois refúgios rurais de férias nos arredores de Washington e da cidade de Nova York sem grande alarde nesta sexta-feira, depois da ordem para que se retirassem dada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse que os locais eram associados com espionagem; os russos receberam o prazo de até o meio-dia desta sexta-feira para desocupar as propriedades em Centreville, Maryland, e em Upper Brookville, em Long Island, no estado de Nova York (Foto: Romulo Faro)
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      Por Yeganeh Torbati e Joel Schectman

      CENTREVILLE, UPPER BROOKVILLE, Estados Unidos (Reuters) - Em pequenos comboios de veículos, russos partiram de dois refúgios rurais de férias nos arredores de Washington e da cidade de Nova York sem grande alarde nesta sexta-feira, depois da ordem para que se retirassem dada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse que os locais eram associados com espionagem.

      Os russos receberam o prazo de até o meio-dia desta sexta-feira para desocupar as propriedades em Centreville, Maryland, e em Upper Brookville, em Long Island, no Estado de Nova York.

      Por volta do início da tarde, caminhões, ônibus e carros pretos com placas diplomáticas haviam partido.

      "As áreas foram desocupadas e estão sob o controle do governo", disse Elliot Conway, prefeito de Upper Brookville, à imprensa um pouco depois do meio-dia, quando um total de seis veículos haviam deixado a instalação russa no local.

      "Eles eram vizinhos tranquilos", disse Conway, acrescentando que nunca tinha encontrado ninguém que morava na propriedade rural a cerca de 40 km de Manhattan.

      Em Maryland, cerca de uma dezena de veículos deixaram a extensa propriedade próxima ao mar, observados por representantes do Departamento de Estado. Alguns passageiros sorriram e acenaram quando partiam da área, localizada numa área de floresta com vias estreitas e sinuosas.

      De forma abrupta, Obama ordenou o fechamento dos locais na quinta-feira, dizendo que eram "usados por pessoal russo para propósitos relacionados com inteligência".

      Essa foi parte da sua resposta, que também incluiu a expulsão de 35 russos suspeitos de espionagem, para o que autoridades norte-americanas chamaram de uma interferência hacker de Moscou na campanha eleitoral norte-americana de 2016. O Kremlin nega as acusações.

      Os fechamentos fazem lembrar os velhos tempos de tensão entre os EUA e a antiga União Soviética.

      Quando os soviéticos compraram a área em Centreville para ser usada como refúgio para diplomatas a serviço em Washington, o fato agitou os moradores da cidade de Maryland. Isso foi em 1972, durante a Guerra Fria.

      As pessoas suspeitavam dos soviéticos e "pensavam que eles eram espiões. Esse foi o folclore de Centreville", disse Joe Dawkins, agricultor local.

      O governo russo manteve a área depois do fim da União Soviética em 1991.

      Vizinhos disseram que os russos eram um grupo animado. Eles eram vistos fazendo esqui aquático no verão e conhecidos por fazer uma grande festa no Dia do Trabalho. Em maio, para celebrar o Dia da Vitória russo, marcando a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, a propriedade sediava um torneio de futebol para diplomatas das ex-repúblicas soviéticas.

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