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Sara Vivacqua sobre Assange: grande e inesperada vitória. Próxima luta é por sua libertação

Defesa do fundador do WikiLeaks tentará agora fazer com que Assange responda ao processo em liberdade, depois de sua extradição aos EUA ter sido negada pela justiça britânica. “Essa é a próxima luta, de que esse julgamento sirva para mandar um recado aos Estados Unidos de que essa farsa chegou ao seu fim”, disse a advogada. Assista na TV 247

Sara Vivacqua e Julian Assange (Foto: Reprodução | Reuters)
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247 - A advogada Sara Vivacqua, que acompanhou diretamente de Londres o julgamento que barrou a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, detalhou à TV 247 como foi a audiência e quais são os próximos passos da defesa do australiano.

Sara contou que a decisão da juíza Vanessa Baraitser era absolutamente inesperada e que a magistrada deu o tom de que acataria a solicitação dos EUA para a extradição de Assange ao longo de quase toda a sua explanação. Para a advogada, a juíza estava enviando um recado aos jornalistas do mundo afirmando que o Reino Unido não aceitará que documentos sigilosos do Estado sejam vazados por qualquer pessoa. “Ninguém esperava. Ela acatou todos os fatos do Ministério Público americano, ela disse que o Assange poderia ser extraditado por crime político. Seguiu dizendo também que tudo aquilo que o Assange fez foi mais do que atividade jornalística. Então ela foi dando todas as narrativas e o recado dela é bastante claro: jornalistas, quem fizer isso, estará cometendo crime e poderá ser extraditado”.

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Apesar da tônica desfavorável a Assange, a magistrada alegou que o ativista corria risco de morte caso fosse extraditado, negando o pedido dos estadunidenses. “Nos últimos cinco minutos que foi a surpresa: ela resolve falar que as prisões dos Estados Unidos são brutais e que o Assange correria o risco de suicídio pela condição dele de Asperger. Ela falou que ele então não poderia ser extraditado porque existiria um risco concreto e real de suicídio”.

Na percepção da advogada, a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial dos EUA teve reflexos na decisão proferida em Londres. “Essa era uma perseguição política. O Biden e o Obama foram os que mais criminalizaram a atividade jornalística, foram os que mais colocaram processos contra jornalistas, contra ter informantes, denunciantes. O Biden inclusive chamou o Assange de ‘terrorista digital’.  Eu imagino que a vitória do Biden possa ter tido um impacto porque com o Trump não se negocia. Com o Biden, pode exemplo, você pode negociar”.Sara explicou que a defesa de Assange trabalhará agora para que o australiano possa responder ao processo em liberdade e tentará convencer o Estado norte-americano de abrir mão das apelações contra seu cliente. A declaração foi feita antes do julgamento do último dia 6, que negou a liberdade do fundador do WikiLeaks. Em uma segunda participação na TV 247 nesta semana, desta vez para falar sobre o segundo julgamento, Sara lembrou que ainda há chances para recursos.

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“Esse é um julgamento em primeira instância. Até o trânsito em julgado, o que se quer é que o Assange responda em liberdade. A presunção de inocência garante que todo mundo pode responder em liberdade, ninguém deve pagar uma pena que ainda não existe, ela só existe no trânsito em julgado, a não ser que existam exceções. No caso do Assange, a promotoria vai tentar arguir de que ele vai tentar fugir, então cabe ao advogado do Assange mostrar que não, ele vai ficar, os filhos dele são britânicos e ele deve permanecer. Então essa é a próxima luta, de que não haja uma apelação, de que esse julgamento sirva para mandar um recado aos Estados Unidos de que essa farsa chegou ao seu fim, que o Assange já ficou dez anos cativo e isso é o suficiente, que eles devem parar esse show e arquivar essa ação contra o Assange, que é uma ação contra todos nós, contra o jornalismo e o direito de saber”.

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