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Segundo dia de greve na França tem forte impacto no setor de transporte

Nove das 14 linhas do metrô de Paris continuam completamente paralisadas, três funcionam parcialmente e apenas as duas linhas automáticas circulam normalmente

Greve geral na França contra reforma da Previdência (Foto: REUTERS/Benoit Tessier)
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Adriana Moysés, RFI - O segundo dia de greve contra a reforma da Previdência desejada pelo presidente Emmanuel Macron perturba principalmente o setor de transportes na França, nesta sexta-feira (6).

Nove das 14 linhas do metrô de Paris continuam completamente paralisadas, três funcionam parcialmente e apenas as duas linhas automáticas circulam normalmente. O serviço de ônibus é a alternativa para os parisienses que tentam ir ao trabalho. Mas várias linhas são afetadas pelo movimento e os ônibus estão lotados. A região parisiense registrou 350 km de congestionamentos nesta manhã. O tráfego ferroviário e aéreo permanece afetado, assim como o funcionamento de creches, escolas e hospitais da rede pública.

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Balanço positivo dos sindicatos

O primeiro dia do movimento foi considerado um sucesso pelos sindicatos: 1,5 milhão de manifestantes nas ruas, segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT), 800 mil pelos cálculos do governo. O primeiro-ministro Edouard Philippe irá anunciar o projeto definitivo da reforma da Previdência na semana que vem. Mas os líderes dos principais sindicatos do país devem realizar novas ações até lá.

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A greve nos transportes é anunciada pelo menos até a próxima segunda-feira (9). Os sindicatos convocam para a terça-feira (10) uma nova jornada de mobilização nacional. A expectiva de algumas centrais sindicais é que a mobilização seja superior à registrada ontem. O governo mantém abertas as negociações.

Os grevistas temem que a reforma diminua o valor das pensões. O novo dispositivo pretende adotar um sistema de pontos que equilibre as aposentadorias de acordo com os salários ao longo de toda a carreira, e não apenas nos melhores anos, como ocorre atualmente. O sistema universal proposto pelo governo acaba com a distinção entre regime público e privado.

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Aposentadorias limitadas a 14% do PIB

O governo quer manter os gastos com o sistema previdenciário limitados a 14% do PIB. No entanto, a previsão é de que nas próximas três décadas a massa de aposentados vá aumentar em cerca de 30%. Os franceses que nasceram no período do baby boom, nas décadas de 1960 e 1970, vão entrar no sistema, mas o governo não pretende aumentar a fatia do PIB dedicada ao orçamento da Previdência. Os franceses compreenderam claramente que o poder aquisitivo dos aposentados vai cair fortemente nos próximos 30 anos.

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Em 31 de dezembro de 2018, a França tinha 14.352.420 aposentados.

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