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Senador boliviano diz que quer reencontrar liberdade no Brasil

Roger Pinto Molina, que aguardava um salvo-conduto para sair do país, deixou no sábado (24) o asilo da embaixada brasileira em La Paz com destino ao Brasil com a ajuda de um diplomata brasileiro. Ele agradeceu a presidente Dilma Rousseff e acusou o governo de Evo Morales de perseguição: “Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país” 

Roger Pinto Molina, que aguardava um salvo-conduto para sair do país, deixou no sábado (24) o asilo da embaixada brasileira em La Paz com destino ao Brasil com a ajuda de um diplomata brasileiro. Ele agradeceu a presidente Dilma Rousseff e acusou o governo de Evo Morales de perseguição: “Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país”  (Foto: Roberta Namour)
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Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, o senador de oposição Roger Pinto Molina, de 53 anos, disse ontem (25) à Agência Brasil que sonha em reencontrar a família, reconquistar a liberdade e reconstruir a vida. Sofrendo de cálculo renal e demonstrando sentimentos que intercalam tristeza e melancolia, Pinto Molina se disse “muito agradecido” à presidenta Dilma Rousseff e à sociedade brasileira. “Só tenho a agradecer à presidenta e ao povo brasileiro por compreenderem o que se passava comigo”.

Para chegar ao Brasil, o senador boliviano enfrentou 21 horas e meia de viagem de carro, saindo de La Paz, a capital boliviana, passando por Cochabamba, Santa Cruz de La Sierra, Puerto Soares até chegar à cidade brasileira de Corumbá (MT). Como está enfrentando um problema renal, ele pediu para o carro parar por duas vezes, porque teve náuseas e mal-estar. Mas, agora, já em Brasília, o senador se disse feliz e confiante. A seguir, os principais trechos da entrevista de Pinto Molina à Agência Brasil.

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Agência Brasil – O que senhor planeja fazer agora que está no Brasil?

Roger Pinto Molina – Quero reencontrar minha mulher e minhas filhas [elas estão no Brasil desde o ano passado] e tomar decisões de forma conjunta. Não é fácil pensar em reconstruir a vida. Mas tenho fé em Deus e confiança, que tudo se acertará. Sou advogado por formação profissional.

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ABr – O senhor se sente seguro agora?

Pinto Molina – Só tenho a agradecer a presidenta Dilma [Rousseff] ao povo e toda a sociedade brasileira por terem compreendido o que se passava comigo. Todos entenderam que havia ausência de justiça e que eu, um senador de oposição, era um perseguido.

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ABr – Mas o senhor deixou bens, propriedades e uma vida na Bolívia.

Pinto Molina – Sim, é verdade. Mas a liberdade vale mais do que qualquer bem material. Por isso, estou aqui. Passei 455 dias sem ver a luz do sol e privado da liberdade. A vida sempre encontra alternativas e eu confio nisso.

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ABr – O governo da Bolívia diz que o senhor é acusado de vários crimes, como desvio de recursos públicos. O que senhor responde a isso?

Pinto Molina – Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país, mas, sim, um perseguido pelo governo [atual] da Bolívia. Essa é a realidade.

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ABr – O senhor pensa em um dia voltar à Bolívia?

Pinto Molina – Oxalá isso ocorra mais cedo do que parece. Confio na possibilidade de retornar à Bolívia. Defendo a liberdade e a democracia, e acredito que um dia meu país poderá viver isso plenamente.

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Edição: Lana Cristina

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