Siemens teria vendido equipamentos de espionagem eletrônica para a Síria
Anistia Internacional afirma que a vigilncia sistemtica na Internet por parte das foras de segurana de Bashar Assad est ajudando a capturar membros da oposio, que enfrentam a tortura aps serem presos
247 - O presidente sírio Bashar Assad enfrenta uma pressão internacional cada vez maior para que acabe com a repressão à rebelião que ocorre no seu país. Segundo relatos, ele estaria ainda recorrendo à tortura e a outros métodos brutais contra as forças rebeldes. A Alemanha é um dos países que pediram o fim do derramamento de sangue na Síria, mas um novo relatório revelou que uma das principais companhias alemãs teria vendido ao país do Oriente Médio uma tecnologia que poderia ser utilizada para a prática de espionagem contra a oposição. A informação foi publicada no jornal alemão Der Spiegel.
Em 2000, a gigante industrial alemã Siemens vendeu ao regime sírio uma tecnologia de monitoramento de redes de comunicação, segundo anunciou na noite da última terça-feira (10) a rede de televisão pública ARD. Segundo o programa de notícias "Fakt", um produto chamado "Centro de Monitoramento" foi enviado para a companhia síria de telefonia celular Syriatel. A Nokia Siemens Networks confirmou a remessa.
A divisão empresarial correspondente na Siemens tornou-se a nova joint-venture Nokia Siemens Networks em 2007. No ano seguinte, a companhia fechou um contrato com a companhia síria de telefonia fixa STE, em um acordo que também incluiu o uso do "Centro de Monitoramento". Em 2009, esses contratos foram transferidos para a Trovicor, uma companhia pertencente à Nokia Siemens Networks, que assumiu controle sobre a divisão de "Gravação de Voz e Dados", anunciou a ARD, citando documentos que teria obtido.
Segundo a publicação, a organização de defesa de direitos humanos Anistia Internacional disse ao telejornal que a vigilância sistemática na Internet por parte das forças de segurança sírias provavelmente as está ajudando bastante a capturar membros da oposição, que enfrentam a tortura após serem presos.
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