Síria garante ter vencido os rebeldes
No entanto, combates continuam perto de Damasco e em outras cidades; nas ltimas semanas, a rebelio assumiu as propores de uma guerra civil; autoridades srias so acusadas de torturar e prender crianas
Agência Brasil - O regime sírio declarou neste domingo (31) ter derrotado os rebeldes “de uma vez por todas”, mas os combates continuam perto de Damasco e em outras cidades, de acordo com agência noticiosa francesa AFP. “A luta para derrubar o Estado na Síria acabou de uma vez por todas e começou uma nova luta, a da consolidação da estabilidade e da construção da nova Síria”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Jihad Makdessi, citado pela Sana. a agência oficial de notícias síria.
No entanto, segundo a AFP, persistiam os combates em Homs, reduto dos rebeldes, bombardeada pelo governo sírio. Ainda de acordo com a AFP, citando o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), foram registados violentos combates também nos arredores de Damasco e na região de Deraa, no Sul do país.
Há mais de um ano perdura um levante popular contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Nas últimas semanas, a rebelião assumiu as proporções de uma guerra civil, com grupos de desertores do exército lançando ofensivas contra o regime. A escalada militar da revolta tem resultado em combates nos principais centros urbanos da Síria. Nesta semana, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse que as autoridades sírias estão prendendo e torturando crianças.
Makdessi garantiu que “o Exército não gosta de estar em zonas residenciais e irá abandoná-las assim que a segurança seja restabelecida”.
Segundo o OSDH, já morreram pelo menos 10 mil pessoas por causa dos conflitos desde março do ano passado. As nações Unidas (ONU) têm estimativas semelhantes sobre o número de vítimas da guerra civil na Síria.
No domingo (1°), será realizada em Istambul a segunda reunião do Grupo de Amigos da Síria, com a participação de representantes de mais de 70 países. O objetivo do encontro é reforçar a pressão sobre o regime sírio para que acabe com a violenta repressão aos insurgentes. A Rússia e a China, membros do Conselho de Segurança da ONU, recusaram o convite para participar na reunião.
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