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      Síria se prepara para enfrentar outro ataque dos EUA

      O ruído mediático ao redor de um "iminente ataque químico na Síria", ao qual os EUA ameaçam responder militarmente, leva os sírios a se prepararem para uma nova chuva de mísseis; o risco de escalação permanece alto, embora haja esperança de que o ataque seja mais limitado do que os anteriores, opina o especialista australiano Tim Anderson

      Síria se prepara para enfrentar outro ataque dos EUA (Foto: Bassam Khabieh - Reuters)
      Leonardo Lucena avatar
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      Agência Sputnik - O ruído mediático ao redor de um "iminente ataque químico na Síria", ao qual os EUA ameaçam responder militarmente, leva os sírios a se prepararem para uma nova chuva de mísseis. O risco de escalação permanece alto, embora haja esperança de que o ataque seja mais limitado do que os anteriores, opina o especialista australiano.

      Enquanto os EUA estão procurando fazer passar a ideia de que o governo sírio pode provocar uma resposta bélica duma superpotência justo antes de liberar a sua última província sob o controle de terroristas e opositores armados, a inteligência russa procura prevenir a falsificação e posterior escalação militar ao denunciar publicamente os planos dos radicais de provocar a intervenção americana.

      Devido a estes fatores, o tema tem estado rodeado de grande atenção pública, o que pode deter o desenvolvimento negativo dos acontecimentos, ressalta num comentário para Sputnik Internacional o especialista em política internacional da Universidade de Sydney, Tim Anderson.

      No entanto, o ataque norte-americano "ainda pode ocorrer", embora Anderson mantenha a esperança de que não tenha um impacto drástico sobre a balança de forças. Mesmo assim, os sírios estão se preparando para enfrentar um possível bombardeamento.

      "Há muita cooperação entre os patrocinadores dos grupos terroristas na Síria e seus contatos no terreno, revelada por muitas comunicações interceptadas. Creio que a gente não entendeu bem a [escala de] coordenação entre os militares dos EUA e os grupos terroristas na Síria e Iraque", destacou Anderson.

      De acordo com o interlocutor de Sputnik, é possível que Washington tenha abandonado o objetivo de "mudar o regime" na Síria.

      No mesmo tempo, Anderson considera que os EUA também não aceitariam um sistema político forte no país árabe. Eles se esforçarão por congelar a situação atual e impedir uma coordenação bem-sucedida entre Teerã, Bagdá e Damasco.

      "Eles [os norte-americanos] estão procurando dividir o Irã e o Iraque e alimentar as tensões no Irã, Iraque, Síria, Líbano e também no Iêmen e na Palestina", ressaltou o especialista.

      Afinal de contas, a eventual liberação de Idlib dos terroristas será "uma grande vitória na guerra na Síria" para Assad e seus aliados, e, depois da guerra, o país deverá manter boas relações com os seus vizinhos, sobretudo com a Turquia. Neste sentido, os esforços diplomáticos entre Moscou, Ancara e Teerã para encontrar um terreno comum são de alta importância, opina Anderson.

      Nas últimas semanas, o Ministério da Defesa russo avisou várias vezes sobre provocações com o uso de armas químicas, que estariam sendo preparadas por terroristas dando pretexto para que os EUA, a França e o Reino Unido ataquem a Síria. Os três países já anteriormente lançaram ataques aéreos sobre instalações do governo sírio em resposta ao suposto uso de armas químicas.

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