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Situação no Afeganistão concentra as atenções do Conselho de Segurança da ONU

Apesar da retirada das tropas de ocupação estadunidenses, o futuro parece bastante incerto no país da Ásia Central

Conselho de Segurança da ONU  (Foto: REUTERS/Eduardo Munoz)

247 - A situação no Afeganistão preocupa a ONU e a comunidade internacional, justamente quando após a retirada das tropas americanas o futuro parece bastante incerto no país da Ásia Central.

A saída segura dos afegãos que tentam deixar o país, a ajuda humanitária e a rejeição ao terrorismo são temas que focaram os debates nesta segunda-feira (30) no Conselho de Segurança das Nações Unidas e finalmente se refletiram na aprovação de uma resolução. 

Mas, o texto foi aprovado com a abstenção da China e da Rússia e foi amplamente criticado por outros membros do Conselho, devido à sua fraca condenação ao terrorismo. 

De acordo com o embaixador chinês Geng Shuang, dada a situação frágil no terreno e as incertezas, qualquer ação do Conselho deve ajudar a aliviar as tensões e não aumentá-las.

Ele também destacou que o caos recente naquele país da Ásia Central está diretamente relacionado à retirada precipitada e desordenada das tropas estrangeiras.

Por sua vez, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, denunciou que os Estados Unidos e "seus aliados" pretendem - por meio da resolução recentemente aprovada - culpar o Talibã pelo fracasso no Afeganistão.

Na opinião do diplomata, trata-se de uma tentativa de culpar Talibã pelo fracasso de 20 anos de presença militar norte-americana.

A Rússia expressou sua rejeição à linguagem usada na resolução, por exemplo, para identificar ameaças e grupos terroristas pelo nome. 

Precisamente, a necessidade urgente de fazer face à grave ameaça do terrorismo é um dos pontos-chave contidos na resolução e sobre o qual o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou em várias declarações.

O Afeganistão não deve ser usado como refúgio para terroristas, afirma o documento, e apela ao Taleban para que facilite a entrada de trabalhadores humanitários no país e defenda os direitos humanos, informa a Prensa Latina.

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