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Sob pressão interna, Biden faz visita surpresa a Kiev

Nos Estados Unidos, centenas de manifestantes protestaram contra o apoio militar americano à guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, caminham em frente à catedral de São Miguel, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, em Kiev, Ucrânia, 20 de fevereiro de 2023 (Foto: Assessoria de Imprensa Presidencial Ucraniana/Handout via REUTERS)

Por Pedro Paiva, correspondente do Brasil 247 em Nova York - Joe Biden fez hoje uma visita surpresa a Kiev. Quase um ano após o início da guerra da Ucrânia, o presidente americano fez um discurso saudando Zelensky e o que ele caracterizou como a “coragem” dos ucranianos.        

Durante o discurso, Biden fez também um balanço do primeiro ano da guerra, sobretudo da ajuda dada pelo governo americano ao país do leste europeu. Ele falou do pedido de Zelensky para “unir os líderes mundiais” em defesa do país e do envio de tanques e munições. O democrata anunciou um novo envio de US$ 500 milhões para a Ucrânia.

A visita acontece enquanto o governo americano sofre pressões internas relativas à guerra. Uma matéria de Seymour Hersh, vencedor do prêmio Pulitzer de jornalismo, denunciou que os Estados Unidos foram os responsáveis pelo ataque ao gasoduto Nord Stream, que levava gás russo à Alemanha. A Casa Branca nega as acusações, mas o tema vem tomando força - não na grande mídia, mas nas redes sociais e nos jornais independentes.

No domingo, centenas de manifestantes se reuniram em Washington para a “Marcha Contra a Máquina da Guerra”, uma manifestação contra a participação ativa dos Estados Unidos no conflito europeu. Manifestantes, alguns carregando bandeiras da Rússia e da extinta União Soviética, protestaram contra o apoio militar americano e relembraram a denúncia sobre o bombardeamento do Nord Stream. As imagens correram o país e mostraram que o aparente consenso que existe na sociedade americana sobre a guerra pode não ser tão generalizado assim.

O presidente russo, Vladimir Putin, deve fazer um discurso ao país esta semana. No dia 24 de fevereiro, a invasão completa um ano.

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