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Subcomandante Marcos fala: "A luta continua"

Porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional sugere novas ações e faz críticas ao governo federal e à administração do Estado de Chiapas, berço do grupo; “Não há batalhas definitivas, nem para vencedores nem para vencidos. A luta seguirá, e aqueles que agora se deleitam no triunfo verão seu mundo ser derrubado”, disse ele

CHETUMAL, QUINTANA ROO, 01DICIEMBRE2009.- (Fotograf�a t�mada el 15 de Enero del 2005, durante un encuentro de la Otra Campa�a en este municipio). La madre del Subcomandante Marcos, Mar�a del Socorro Vicente de Guill�n, falleci� el d�a de hoy a las 12:21 h (Foto: Leonardo Attuch)
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Do Opera Mundi - A poucos dias do aniversário de 20 anos de seu primeiro levante, no estado de Chiapas, México, o principal porta-voz do Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN), Subcomandante Marcos, lançoucomunicado no qual promete que a luta do grupo continuará. No texto, ele sugere novas ações, faz críticas às diferentes correntes ideológicas mexicanas, à recente reforma energética aprovada pelo Congresso do país e questiona o governador de Chiapas pelos altos gastos públicos.

Em 1º de janeiro de 1994, um grupo de indígenas encapuzados e armados liderado pelo EZLN ocupou várias cidades chiapanecas no mesmo dia em que entrava em vigor o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), tratado assinado pelo México, Estados Unidos e Canadá. O presidente, então, era Carlos Salinas de Gortari, filiado ao Partido da Revolução Institucional (PRI), mesma sigla do atual mandatário, Enrique Peña Nieto.

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Marcos afirma no comunicado que, “para as encapuzadas e encapuzados daqui, a luta que vale não é que foi ganha ou perdida, é a que segue, e para ela se preparam calendários e geografias”, insinua, sugerindo novas mobilizações do EZLN.  “Não há batalhas definitivas, nem para vencedores nem para vencidos. A luta seguirá, e aqueles que agora se deleitam no triunfo verão seu mundo ser derrubado.”

Publicado esta semana, o texto faz uma reflexão sobre a luta e o tratamento dedicado aos revolucionários mortos, dando-lhes sentidos distantes da vida que tiveram. Além disso, Marcos afirma que os zapatistas querem ser “melhores” e que aceitam quando a realidade lhes diz que não alcançaram seu objetivo, mas que mesmo assim não deixaram de “seguir lutando”.

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Sobre o governador de Chiapas, Manuel Velasco, o porta-voz do EZLN assegura que, apesar de “ter apertado o cinto com um programa de austeridade”, gastou “mais de 10 milhões de dólares em uma campanha publicitária nacional que, apesar de massiva e cara, é ridícula... e ilegal”. Sem mencionar seu nome, diz que o “autodenominado governador”, do Partido Verde Ecologista do México (PVEM), lançou uma campanha para promover o turismo e “põe nos turistas vendas para que não vejam os paramilitares, a miséria e o crime nas cidades chiapanecas”.

Marcos também questionou todas as reformas anunciadas no México, como a energética, que prevê a privatização do petróleo, e considerou que a “desapropriação” começou há muitos anos. “A desapropriação disfarçada de reforma constitucional não se iniciou com esse governo: começou com Carlos Salinas de Gortari (1988-1994). A desapropriação agrária foi então 'coberta' pelas mesmas mentiras que agora envolvem as más faladas reformas", sublinhou.

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Sobre a situação do campo mexicano, Marcos disse que este está “completamente destroçado, como se um pacote de bombas atômicas o tivesse arrasado. E isso acontece com todas as reformas. A gasolina, a energia elétrica, a educação, a injustiça, tudo será mais caro, de pior qualidade, mais escasso.”

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