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Suécia entra para a Otan, anuncia primeiro-ministro

A Rússia disse que pode tomar “contramedidas políticas e técnico-militares” em resposta à adesão sueca

Primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson (Foto: NTB/Javad Parsa via REUTERS)

247 - A Suécia entrou nesta quinta-feira na Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan), dois anos após o início da ocupação das tropas russas na Ucrânia. A Rússia é contra a possível entrada dos ucranianos na Otan, liderada pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, entregou nesta quinta-feira a documentação final ao governo americano, no primeiro passo de um longo processo pelo qual precisam passar todos os membros da aliança militar.

Para a Otan, as adesões de Suécia e Finlândia, que juntas compartilham 1.340 quilômetros de fronteira com a Rússia, são as mais importantes em décadas. A Suécia recebe, em troca, a garantia de que um ataque contra qualquer membro da aliança é considerado uma agressão contra todos.

A Rússia disse que pode tomar “contramedidas políticas e técnico-militares” em resposta à adesão sueca. A medida já provocou reações entre os russos. O senador de Kaliningrado, Aleksandr Shenderyuk-Zhidkov, por exemplo, afirmou que o país vai ser obrigado a responder ao avanço da aliança ocidental, que cada vez mais tem ameaçado a estabilidade internacional.

Embora Estocolmo esteja mais próxima da Otan nas últimas duas décadas, a entrada do país marca uma ruptura com o passado. Por mais de 200 anos, a Suécia evitou alianças militares e adotou postura neutra em tempos de guerra.

Após a Segunda Guerra Mundial, a nação construiu uma reputação internacional como campeã dos direitos humanos, e desde a queda da União Soviética, em 1991, sucessivos governos têm reduzido o gasto em Defesa.

* Com informações da Reuters e da Sputnik