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Supertufão deixou 4.460 mortos nas Filipinas, diz ONU

Números oficiais, que são do governo filipino, são quase o dobro do último divulgado; sobreviventes estão desesperados com o ritmo da distribuição de ajuda que tem sido dificultado pela paralisação dos governos locais,​ saques generalizados, falta de combustível e estradas interditadas

Residents walk past houses devastated by Typhoon Haiyan in Tacloban city, central Philippines November 13, 2013. Desperation gripped Philippine islands devastated by Typhoon Haiyan as looting turned deadly on Wednesday and survivors panicked over delays i (Foto: Gisele Federicce)

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Por Stuart Grudgings

TACLOBAN, Filipinas, (Reuters) - Um porta-aviões dos Estados Unidos começou a descarregar água e comida na região central das Filipinas devastada pelo supertufão Haiyan, enquanto a Organização das Nações Unidas, citando números do governo, afirmou que o fenômeno natural matou 4.460 pessoas, quase o dobro do último número oficial.

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, tem enfrentado uma crescente pressão para acelerar a distribuição de suprimentos e reavivou o debate sobre a quantidade de vítimas fatais do tufão.

Aquino disse que a cifra de 10.000 mortos estimada no início desta semana por autoridades locais era exagerada e foi causada pelo "trauma emocional". Ele afirmou que o número estava mais perto de 2.000 ou 2.500, acrescentando que poderia subir. Seus comentários provocaram ceticismo entre alguns agentes de ajuda humanitária.

"Até 13 de novembro, o governo informou que 4.460 pessoas morreram", afirmou o escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários em seu relatório diário sobre a situação, emitido de Manila e datado de 14 de novembro.

Um oficial confirmou nesta quinta-feira o número de mortos em 2.357. Não ficou claro na sexta-feira (horário local), ainda muito cedo em Manila, se o governo atualizou publicamente esse número durante a madrugada.

Os sobreviventes estão cada vez mais desesperados e irritados com o ritmo da distribuição de ajuda que tem sido dificultado pela paralisação dos governos locais,​ saques generalizados, falta de combustível e estradas interditadas por destroços.

Os mortos estão sendo enterrados uma semana depois da passagem da tempestade e de algo semelhante a um tsunami que atingiram cidades costeiras. Muitos corpos permanecem descobertos em estradas ou sob casas desmoronadas em Tacloban, a cidade mais afetada.

Agentes humanitários estrangeiros disseram que se trata de um desastre sem precedentes nas Filipinas.

"Há devastação. Pessoas estão desesperadas por comida, água, abrigo, suprimentos e informações sobre seus entes queridos", disse a jornalistas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante uma visita à Letônia nesta quinta-feira.

"Estamos fazendo todo o possível para apressar a assistência àqueles que dela necessitam. Agora é a hora de a comunidade internacional ficar com o povo das Filipinas."

O porta-aviões norte-americano USS George Washington e outros navios chegaram na noite desta quinta-feira à costa da duramente afetada província oriental de Samar com 5.000 tripulantes e mais de 80 aeronaves.

(Reportagem adicional de Rosemarie Francisco e Eric dela Cruz, em Manila; de Michelle Nichols, na ONU; de Phil Stewart, em Washington; de Greg Torode, em Hong Kong; e de Aija Krtaine, na Letônia)

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