Talibã proíbe casamento forçado e diz que mulheres não são "propriedade"
A medida foi elogiada pela diretora de uma ONG afegã, mas a comunidade internacional é cautelosa
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247 - O Talibã sancionou um decreto que proíbe o casamento forçado no Afeganistão, dizendo que mulheres não são "propriedade" e devem consentir ao casamento. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (3) pelo chefe do grupo, Hibatullah Akhunzada, que estaria na cidade de Candaar. As informações são da Al Jazeera.
“Ambos (mulheres e homens) devem ser iguais”, diz o decreto, acrescentando que “ninguém pode forçar as mulheres a se casar por coerção ou pressão”.
O grupo também disse que uma viúva agora terá permissão para se casar novamente 17 semanas após a morte de seu marido. Tradições tribais mantêm que uma viúva deve se casar com o irmão do marido falecido ou outros parentes.
"Isso é grande, isso é enorme... se for feito como deveria ser, esta é a primeira vez que eles vêm com um decreto como este", disse Mahbouba Seraj, diretora executiva do Centro de Desenvolvimento de Competências Femininas Afegãs, falando de Cabul com a Reuters.
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