Tensão cresce após ataque israelense à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém
Ataque ocorre por ocasião das celebrações do Ano Novo judaico
247 - Forças de segurança israelenses invadiram a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, para permitir a entrada em massa de concidadãos ao complexo religioso por ocasião das comemorações do Ano Novo judaico, informa a Prensa Latina.
A televisão árabe mostrou imagens de centenas de israelenses enquanto percorriam o complexo, escoltados por numerosos homens uniformizados, que expulsaram os palestinos presentes, o que causou confrontos.
Desde as primeiras horas da manhã, as autoridades de ocupação começaram a impor restrições à entrada de fiéis muçulmanos em Al-Aqsa, informou o portal de notícias Al Quds.
Os militares também atacaram palestinos durante sua concentração na área de Bab Al-Asbat, Al-Sahira e Bab Al-Amoud da cidade, disse ele.
Dada a situação, o movimento palestino Fatah pediu uma mobilização geral para enfrentar as incursões de "grupos e colonos judeus extremistas".
A formação palestina garantiu que o novo assalto faz parte da estratégia para judaizar a chamada Cidade Santa.
A Frente Popular de Libertação da Palestina falou na mesma linha, convocando protestos nos territórios ocupados e denunciando o silêncio internacional diante das ações de Tel Aviv.
O local sagrado é reverenciado tanto pelos muçulmanos, que o chamam de Esplanada das Mesquitas, quanto pelos judeus, que o conhecem como o Monte do Templo.
Para o primeiro porque a mesquita de Al Aqsa está dentro dele, enquanto para o segundo porque seus dois templos bíblicos foram construídos lá.
Sob acordos alcançados há décadas, os judeus só podem visitar o complexo sob condições.
Esta comunidade realiza as suas orações na muralha ocidental, conhecida como Muro das Lamentações, que constitui uma barreira exterior da esplanada e representa o único vestígio do segundo templo bíblico, construído pelo rei Herodes.
Em julho do ano passado, o então primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, afirmou que seus compatriotas têm o direito de rezar lá, embora dias depois seu governo tenha recuado em meio à onda de críticas.
A esplanada faz parte da cidade velha, localizada na parte leste da metrópole, ocupada pelo exército israelense durante a guerra de 1967.
