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Terrorista norueguês diz que faria tudo de novo

No segundo dia de julgamento,Anders Breivik foi autorizado a ler uma carta escrita por ele, na qual tenta justificar as mais de 70 mortes em julho do ano passado

Terrorista norueguês diz que faria tudo de novo (Foto: REUTERS/Hakon Mosvold Larsen)
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Thassio Borges _Opera Mundi - No segundo dia de julgamento, que desta vez não foi transmitido pela TV, o terrorista norueguês Anders Behring Breivik, autor de dois ataques terroristas na Noruega que mataram 77 pessoas, leu uma declaração de 13 páginas. Nela, o fundamentalista cristão diz que não se arrependeu do que fez e o faria novamente já que, para ele, foram ações de “bondade”, um “ato patriótico” contra defensores do “multiculturalismo”.

Durante o segundo dia do julgamento, Breivik chegou a chorar com a exibição de um vídeo publicado na internet antes de seus ataques, no qual o terrorista apresenta as principais ideias de seu manifesto de extrema-direita. Questionado sobre a reação, Breivik disse que ficou emocionado pois percebeu que seu "grupo étnico" está em vias de acabar.

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Em seu discurso, Breivik fez duras menções às vítimas de seus ataques, em sua maioria participante do acampamento das Juventudes Trabalhistas que, segundo ele, se parecem muito “com as Juventudes Hitlerianas”.

“Não eram inocentes, crianças civis, mas ativistas políticos que trabalham pelo multiculturalismo”, afirmou o terrorista que ainda os classificou como “gente doutrinada” e vítimas de “lavagem cerebral”.

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Antes da leitura da carta, Breivik havia prometido “ter consideração” pelos familiares das vítimas e pelos sobreviventes dos ataques, muitos deles presentes no julgamento.

Os jovens, segundo ele, estavam em um “campo de doutrinamento para ativistas políticos dirigido por um dos comunistas mais extremistas da Noruega”, afirmou, sem especificar o nome do “comunista”.

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“Se alguém é ruim são os multiculturalistas. A única coisa que deveria surpreender a Noruega e a Europa é por que um ato assim não ocorreu antes”, disse Breivik, chocando mais uma vez os presentes na sala.

O terrorista ainda classificou como “propaganda que beira a comédia” as acusações de que ele seria “psicótico”, “narcisista” ou "fascista". “Agi por necessidade, pelo meu povo, minha cultura, minha religião, meu país”, declarou o norueguês, que ainda defendeu a Ordem dos Templários Europeus e se vangloriou por ter feito “a operação mais espetacular feita por um militante nacionalista neste século”.

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Nesta segunda, confrontado pelas acusações da promotoria, Breivik afirmou que reconhece os “fatos, mas não a culpa”. “Atuei em defesa própria”, completou. Enquanto ouvia os detalhes de cada uma das pessoas mortas ou feridas por seus atentados, Breivik permaneceu imóvel e com a cabeça abaixada.

A promotora do caso, Ingá Bejer Engh, afirmou que os crimes têm uma dimensão “nunca antes vista em nossa história moderna”. O julgamento deverá durar dez dias. Caso o primeiro relatório mental realizado no terrorista seja levado em consideração, ele deverá ser transferido a um centro psiquiátrico. Caso contrário, ele poderá ser condenado como preso comum, com pena máxima de 30 anos.

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Nesta terça-feira, a corte de Oslo decidiu substituir um dos três juízes leigos que faziam parte do tribunal por considerá-lo “inábil” para a função. Foi divulgado nesta terça que, há alguns meses, o juiz leigo havia pedido a pena de morte para Breivik em uma mensagem de uma rede social.

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