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Trump concede perdão e manda soltar George Santos, filho de brasileiros

Ex-deputado foi considerado culpado por inflar números de arrecadação de campanha, falsificar doadores e usar recursos eleitorais para gastos pessoais

George Santos (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz/File Photo)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta sexta-feira (17) a libertação imediata do ex-deputado George Santos, filho de brasileiros e condenado por fraude e roubo de identidade, informa reportagem da Reuters. A decisão foi anunciada em postagem no Truth Social, rede social do próprio Trump, e equivale à comutação da pena — instrumento legal que reduz ou extingue uma sentença já aplicada pela Justiça.

Santos havia começado a cumprir em julho deste ano uma pena de sete anos e dois meses de prisão na Instituição Correcional Federal de Fairton, em Nova Jersey. Ele foi considerado culpado por inflar números de arrecadação de campanha, falsificar nomes de doadores e usar recursos eleitorais para gastos pessoais, incluindo procedimentos estéticos com botox e assinaturas na plataforma de conteúdo adulto OnlyFans.

“George Santos era, de certa forma, um ‘malandro’, mas há muitos malandros em nosso país que não são forçados a cumprir sete anos de prisão”, escreveu Trump. “Portanto, acabei de assinar uma comutação, liberando George Santos da prisão imediatamente.” O republicano ainda afirmou que o ex-parlamentar havia sido “horrivelmente maltratado” na prisão.

Filho de imigrantes brasileiros, Santos, de 37 anos, foi eleito em 2022 para representar parte de Nova York e seus subúrbios do leste, tornando-se o primeiro deputado federal abertamente gay do Partido Republicano. Seu mandato, no entanto, durou apenas 11 meses e foi marcado por uma série de escândalos e contradições biográficas.

Durante a campanha, Santos afirmou falsamente ter estudado na Universidade de Nova York, trabalhado nos bancos Goldman Sachs e Citigroup e até que seus avós haviam fugido dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. As revelações sobre suas mentiras e irregularidades financeiras levaram à sua expulsão do Congresso, tornando-o o sexto parlamentar na história dos Estados Unidos a perder o mandato dessa forma.

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